O presidente da República e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), recebeu governadores e deputados apoiadores, que foram reeleitos no primeiro turno, no Palácio da Alvorada, nesta quinta-feira (6). No encontro, ele pediu desculpas por ter falado "demais muitas vezes" e ter ofendido algumas pessoas "de forma não intencional".
De acordo com informações do G1, o pedido se deu no momento em que o presidente falava sobre medidas adotadas durante a pandemia da covid-19 e em meio à guerra da Ucrânia. Bolsonaro dizia que, muitas vezes, as decisões que precisam ser tomadas pelo chefe do Executivo, seja prefeito, governador ou presidente, não são fáceis. Mencionou que trazia consigo o ensinamento militar de que "pior do que uma decisão mal tomada é uma indecisão":
— Nunca nos omitimos, mesmo com o desgaste. Falei demais muitas vezes, reconheço, ofendi algumas pessoas de forma não intencional, me desculpem, mas é o calor de uma luta da vida contra a morte, no caso da pandemia — pontuou Bolsonaro.
A primeira-dama, Michelle Bolsonaro, também estava no encontro. Ela discursou brevemente e pediu desculpas pelos "palavrões" do marido:
— Perdão a todos pelos palavrões do meu marido. Eu não concordo, mas ele é assim. Tem gente que gosta, né?
Entre os governadores reeleitos presentes, estavam Ronaldo Caiado (União Brasil), de Goiás, Gladson Cameli (PP), do Acre, e Antônio Denarium (PP), de Roraima. Todos apoiam a reeleição de Bolsonaro.
O presidente disse que o Congresso eleito no último domingo será um Legislativo que "terá muito mais chance de aprovar coisas com mais facilidade e mais agilidade". Somente no Senado, o bloco conservador ocupará 66 das 81 cadeiras disponíveis.
— Temos uma guerra marcada, dia 30. Temos de conversar com o pessoal de chão de fábrica, as pessoas mais humildes — disse Bolsonaro.