A candidata do PSTU ao governo do Rio Grande do Sul, Rejane de Oliveira, defendeu, nesta segunda-feira (19), a expropriação das 10 maiores empresas privadas instaladas no Estado. Na prática, elas deixariam de pertencer aos donos e passariam ao controle dos trabalhadores, conforme a candidata.
— Vamos expropriar as 10 maiores empresas que cresceram e lucraram com dinheiro público. Que mais desempregam e exploram. E vamos fazer com que os trabalhadores administrem essas empresas, e o lucro da produção será para resolver as necessidades da população — afirmou Rejane, admitindo que, para realizar a proposta, seria preciso alterar a Constituição do país.
A candidata também prometeu acabar com as isenções de impostos que são oferecidas a empresas privadas pelo Rio Grande do Sul:
— O governo deixa de arrecadar (impostos) enquanto as pessoas passam fome.
Questionada sobre o baixo percentual de intenções de voto que a sua plataforma angaria, a candidata argumentou que isso se deve ao fato de que as eleições "não são democráticas".
— Eu acho que as pessoas estão muito interessadas em nosso debate. O problema é que as eleições não são democráticas. Estamos fora do programa eleitoral, fora dos debates. Não são todos os espaços em que nós estamos.
Rejane foi ouvida no programa Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha. Desde a semana passada, já foram ouvidos Edegar Pretto (PT) e Ricardo Jobim (Novo).
Nesta terça-feira (20), será a vez de Vieira da Cunha (PDT) ser entrevistado. Até o dia 28 de setembro, os 10 candidatos com registros de candidatura deferidos serão sabatinados pelas jornalistas Andressa Xavier, Rosane de Oliveira e Giane Guerra.