O candidato à Presidência da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) esteve reunido nesta terça-feira (27), em São Paulo, com representantes do setor esportivo para discutir políticas públicas para a área. Enquanto falava do orgulho de encontrar jogadores em outros países, durante viagens, e de ver meninos pobres vencerem na vida, o petista disse que é preciso mais "consciência política" e "combate ao racismo".
— Uma coisa que acho que falta é consciência política, para que eles (atletas) passem a mensagem para o restante da sociedade brasileira. Porque o racismo tem de ser combatido diariamente, toda vez que a gente tem oportunidade — disse.
Lula também criticou seu principal adversário na disputa ao Planalto, Jair Bolsonaro. Ele citou os atos promovidos pelo presidente e candidato à reeleição no Sete de Setembro, feriado da Independência. O petista chegou a dizer que parecia um evento supremacista branco da Ku Klux Klan.
Havia expectativa de que Lula anunciasse no evento a recriação do Ministério do Esporte caso fosse eleito, mas isso não aconteceu. O setor perdeu este status no governo de Jair Bolsonaro.
Entre os atletas que participaram do evento com Lula estavam o ex-jogador de futebol Walter Casagrande, a ex-jogadora de vôlei Ana Moser, a ex-jogadora de Seleção feminina de futebol Andreia Rosa e o medalhista olímpico de taekwondo Diogo Silva.
Iniciação esportiva
Lula disse que um dos planos para um possível terceiro mandato é formação esportiva nos anos escolares. O presidenciável disse que, quando uma proposta for construída, será necessário pensar "o esporte como um instrumento para cuidar da saúde de uma parte da nossa sociedade". Segundo ele, o esporte teria a função de garantir "a segurança e a formação do ser humano".
Embora sem dizer como planeja isso, o petista diz que é preciso uma "revolução em todas as escolas":
— É aí o lugar que a gente tem de pensar na iniciação para todos os esportes.