O presidente Jair Bolsonaro, candidato à reeleição pelo PL, voltou a fazer ataques ao seu oponente na corrida ao Palácio do Planalto, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que lidera as pesquisas de intenção de voto. As declarações foram dadas durante almoço com a comitiva brasileira e apoiadores, realizado nesta terça-feira (20), na churrascaria Fogo de Chão de Nova York, onde ele estava para a Assembleia Geral das Organização das Nações Unidas (ONU).
Bolsonaro voltou a enaltecer o atual momento da economia do país e a promover o seu governo e repetiu que é "imbrochável".
— Além de imbrochável, sou outras coisas também, como bom em escolher ministros — disse, mencionando nomes de seu governo, como o ex-ministro Tarcísio Gomes de Freitas, que disputa o governo do Estado de São Paulo.
Assim como fez ao discursar na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), voltou a se autopromover, ressaltando feitos da sua gestão.
— Não dá para dizer que estamos no paraíso, se bem que lá é a terra prometida, mas, comparando-se com os demais países do mundo, a gente vai muito bem — afirmou Bolsonaro.
O chefe do Executivo também criticou integrantes que deixaram sua gestão nos últimos anos, como o ex-juiz Sergio Moro.
— Aqueles que não deram certo, a gente corta a cabeça e bota outro. Alguns se perderam no meio do caminho, ficando no lixo da história — disparou.
De cima de uma cadeira e sob gritos de "mito", o presidente brasileiro disse ainda que sua gestão botou um ponto final nas invasões do MST. Segundo ele, era registrada uma por dia no governo do Fernando Henrique Cardoso, 20 por mês na gestão petista, enquanto, na sua, apenas cinco por ano.
Bolsonaro mencionou ainda a negociação de fertilizantes com a Rússia e voltou a criticar a imprensa, como fez na ONU. Segundo ele, tal iniciativa foi necessária para garantir a segurança alimentar do Brasil e do mundo.
— Fomos criticados por grande parte da mídia, não toda, mas grande parte, mas conseguimos sucesso — afirmou.
Ele disse ainda que todos estão interessados em fazer negócios com o Brasil e exaltou que seu governo tem sido construído sem corrupção.
— Isso não é virtude, é obrigação. Falo palavrão, mas não sou ladrão — ressaltou, voltando a atacar Lula.
Além de diversas pessoas pró-Bolsonaro, que teriam pago US$ 50 pelo rodízio na churrascaria Fogo de Chão, participaram do almoço toda a comitiva brasileira, diplomatas e integrantes do Itamaraty.
Estiveram presentes o ministro das Relações Exteriores, Carlos Alberto Franco França; o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite; o ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira; o ministro das Comunicações, Fábio Faria; o presidente da Câmara, Arthur Lira; o chefe da Secretaria Especial de Assuntos Estratégicos (SAE), almirante Flávio Rocha; o chefe de comunicação da campanha, Fabio Wajngarten; pastor Silas Malafaia e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP).