A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) receberá, nos próximos dias, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato à presidência pelo PT, e Jair Bolsonaro (PL), que disputará a reeleição, dentro de uma série de encontros com presidenciáveis, que terá início na próxima segunda-feira (8), com o atual chefe do Executivo.
Na última quinta-feira (4), a equipe do presidente acertou a reunião com a Febraban. A negociação foi iniciada pela campanha de Bolsonaro depois da vinda a público do manifesto que reúne banqueiros, empresários e sociedade civil em defesa do processo eleitoral.
Já as tratativas entre a entidade e a campanha do candidato petista estão avançadas para agendar a data da reunião, que contará com os principais banqueiros do país. Os ex-ministros Aloizio Mercadante e Alexandre Padilha são os interlocutores de Lula nas conversas com o presidente da Febraban, Isaac Sidney. Segundo fontes, os dois lados já concordaram em realizar o encontro. Mercadante é presidente da Fundação Perseu Abramo e coordenador do plano de governo de Lula. Padilha tem sido um dos principais canais da campanha petista com o empresariado.
Os outros candidatos ao Planalto também devem receber convites para ir à instituição apresentar suas propostas. A instituição já vinha discutindo a possibilidade de fazer reuniões com candidatos à presidência há cerca de um mês, antes da decisão da entidade de aderir ao manifesto pela democracia encampado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
Os banqueiros foram criticados pelo ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, pela adesão ao manifesto. Ele sugeriu que os bancos estavam irritados com o governo Bolsonaro por uma suposta perda de receita pela criação do PIX, que foi iniciada durante o governo de Michel Temer.