O ministro Edson Fachin, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), rejeitou nesta terça-feira (26) o pedido de anulação da convenção nacional do MDB a ser realizada na quarta-feira (27). O encontro do partido deve chancelar o nome da senadora Simone Tebet como candidata à Presidência da República.
A ação foi movida pelo filiado do partido em Alagoas Hugo Wanderley Caju. Conforme Fachin, não há elementos que demonstrem insegurança do processo virtual para a realização da convenção, conforme alegado na petição cível protocolada no TSE no final da tarde de segunda-feira (25).
Na decisão, Fachin ressalta ainda que, caso seja constatada alguma violação no sigilo do voto durante o encontro nacional da sigla, sua decisão poderá ser revista.
O pedido para suspender a convenção foi realizada por um aliado do senador Renan Calheiros (MDB-AL), que, na semana passada, já havia falado em judicializar a questão. O parlamentar defende que é necessário mais tempo para buscar aliados e que a senadora não avança nas recentes pesquisas de intenção de voto.
— A pré-candidatura do MDB continua marcando passo ou em queda livre em algumas sondagens. Levar o partido para esse cadafalso eleitoral e sacrificar seus quadros competitivos é desaconselhável e, por isso, a judicialização da convenção para transferirmos para o último dia do prazo eleitoral. Precisamos pelo menos aguardar as pesquisas — disse o senador em vídeo publicado no Twitter nesta terça-feira.
O presidente nacional da MDB, Baleia Rossi (SP), informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que não vai se manifestar sobre o tema. Simone Tebet também não se manifestou, mas disse, na semana passada, que a ala pró-Lula da legenda tem "cheiro de naftalina".
Lideranças do MDB, em especial no Nordeste, tem defendido uma aliança com Lula (PT) já no primeiro turno. O ex-presidente aparece em primeiro lugar na disputa ao Palácio do Planalto nas últimas pesquisas, e um novo levantamento será divulgado na quinta-feira (28) pelo instituto Datafolha.