As urnas eletrônicas que serão utilizadas no próximo domingo em todo o Rio Grande do Sul passam pela última etapa antes do transporte às zonas eleitorais. Nesta quarta-feira (11), a quatro dias da votação, os equipamentos serão testados pelas equipes do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RS), etapa que busca conferir possíveis avarias nas baterias e na programação do calendário de cada máquina.
Segundo o coordenador de sistemas de eleições e logística do TRE, Cássio Vicente Zasso, a urna começa a computar os votos apenas a partir do horário definido para início do pleito: às 7h do dia 15 de novembro. Caso seja identificado um conflito com essas informações, ela não funcionará corretamente no próximo domingo.
– Se alguém adianta o relógio em três horas, a urna só vai funcionar três horas depois do início da votação. Por isso há essa inspeção - exemplifica.
A mudança no horário de início do pleito, que até 2018 ocorria às 8h, não afeta o trabalho dos técnicos do tribunal. A medida impacta, segundo o coordenador, a programação dos mesários, que precisam estar no local de votação às 6h, uma hora antes da entrada do primeiro eleitor. Às 6h30min, um relatório é impresso, atestando que não há nenhum registro computado no equipamento.
O Rio Grande do Sul tem 23,7 mil sessões eleitorais – cada sessão recebe uma urna eletrônica. O transporte envolve uma logística complexa, com mais de 1,3 mil veículos.
Na Capital, os equipamentos começam a ser levados aos prédios cedidos à eleição na sexta-feira (13). O município receberá 2,6 mil urnas.
Com mudanças em comparação à última votação, parte dos eleitores pode encontrar sessões sem o equipamento. No local, haverá uma dupla de mesários atuando como orientadores, com a informação atualizada do ponto de registro do voto.
O transporte das urnas deve ser finalizado apenas no domingo. Segundo o coordenador, algumas cidades – um percentual considerado “muito baixo” – organizará a logística no mesmo dia da eleição.
Caso alguma urna apresente falha grave, sem possibilidade de conserto, há um contingente de urnas reservas, que compreende em torno de 10% do total.
Mesmo após renúncia, imagem de Fortunati seguirá na urna eleitoral
O ex-prefeito José Fortunati (PTB) renunciou à candidatura nas eleições de 2020, mas a imagem dele seguirá sendo mostrada na urna eletrônica. De acordo com o coordenador, os equipamentos já estão lacrados e não têm mais como realizar a alteração. Os votos, porém, serão anulados.
- Os votos para o Fortunati são registrados na urna, mas quando vamos totalizar, fazer apuração, serão considerados nulos – explica Zasso.