Na opinião do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luis Roberto Barroso, o único aperfeiçoamento que tem de ser realizado no sistema para as eleições gerais de 2022 passa por melhorar a proteção contra os ataques cibernéticos.
Em uma pergunta realizada por um jornalista durante coletiva de imprensa ao fim do segundo turno neste domingo (29), em Brasília, que lembrou manifestação do presidente Jair Bolsonaro sobre melhorias no sistema para consolidação da democracia, Barroso afirmou que faria apenas esse aperfeiçoamento no processo eleitoral.
Boa parte do tempo da manifestação inicial de Barroso foi usada para defender o sistema eleitoral, repetindo que as urnas não ficam em rede e que por isso não podem ser hackeadas. Ele disse que respeita as opiniões de Bolsonaro sobre a falta de confiabilidade das urnas, mas que nenhuma fraude foi comprovada até agora.
O ministro lembrou também que o sistema do TSE foi invadido por hackers poucas semanas antes do primeiro turno e que foram vazados dados de ex-funcionários da corte. Mas que isso não prejudicou o andamento da eleição, nem prejudicou a totalização dos votos.
Barroso não descarta a possibilidade de que viabilizar o voto pelo celular, mas alerta que isso ainda exigirá a necessidade de comparecimento às seções eleitorais.
— A ideia de votar pelo celular provavelmente não vai eliminar a necessidade de comparecer a seção eleitoral, justamente por essa questão do sigilo. Qual a vantagem? Diminuir os custos na compra de novas urnas — afirmou.