O ministro da Justiça e Segurança Pública, André Mendonça, disse neste domingo (15) que a Polícia Federal (PF) está investigando o vazamento de dados de servidores públicos do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). De acordo com o ministro, as análises preliminares apontam que o acesso às informações aconteceu antes de outubro deste ano e que os dados obtidos são "antigos".
— Dentro dessa investigação, já se sabe que os dados divulgados são dados antigos, do ano de 2001, então não são dados recentes, e que o acesso a esses dados ocorreu em data anterior a 23 de outubro deste ano. Ainda não temos precisão da data. A Polícia Federal está em busca do autor do acesso a esses dados, da sua identificação e, logicamente, sua prisão — explicou Mendonça.
Ainda segundo o ministro, não há indícios de que o caso tenha relação com o ataque cibernético aos sistemas no Superior Tribunal de Justiça (STJ) no início do mês.
— Não foi apontada nenhuma relação com a invasão dos sistemas do STJ até o momento. A gente, logicamente, não pode descartar eventual possibilidade. Mas nenhum indicativo nesse sentido — afirmou.
— Nada também que indique qualquer quebra da lisura do processo eleitoral — completou Mendonça.
O vazamento de dados de funcionários do TSE foi confirmado mais cedo pelo presidente da Corte, Luís Roberto Barroso.
— Houve uma notícia de que teria havido um vazamento com dados dos funcionários do TSE. Esse vazamento não é produto de um ataque atual, é um ataque antigo. Ainda não fomos capazes de precisar o quão antigo, se de 10 dias ou de cinco anos. Mas não houve ataque bem-sucedido no dia de hoje (domingo) — disse Barroso em coletiva de imprensa durante a tarde.
O presidente do TSE também informou que houve uma tentativa de ataque ao sistema que abriga as informações da Justiça Eleitoral, mas que foi totalmente neutralizado.
— Houve de fato uma tentativa de ataque hoje(domingo) para derrubar o sistema com grande volume de acessos simultâneos — afirmou o ministro do TSE.
Essa ofensiva foi totalmente neutralizada pelo TSE com auxílio das operadoras de telefonia e não teve repercussão sobre o processo de votação, segundo Barroso.