Desde a semana passada, o Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul (TRE-RS) prepara as urnas eletrônicas que serão usadas no Estado no próximo domingo (28), no segundo turno das eleições 2018. Em Porto Alegre, a equipe do TRE-RS deve finalizar entre quarta e quinta-feira (25) o processo de revisão das mais de 3,2 mil urnas utilizadas na Capital, em um processo que garante, além do funcionamento dos equipamentos, a segurança do sistema.
Para o segundo turno, as urnas precisam passar por uma nova preparação, que inclui no sistema os dados dos candidatos que seguem na disputa — no caso gaúcho, além dos presidenciáveis Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT), há os candidatos ao governo do Estado, Eduardo Leite (PSDB) e José Ivo Sartori (MDB). Este processo foi finalizado pelo TRE na terça-feira (23).
Desde então, o que está sendo feita é a revisão, etapa adicional em que todas as urnas são ligadas novamente, os dados sobre colégio, seção e zona eleitoral são checados e é conferida a bateria dos equipamentos. É neste momento que os materiais adicionais, como manual para mesários e crachás de identificação, são adicionados às caixas que transportam o equipamento.
O tribunal avalia que, no primeiro turno, mais do que problemas técnicos, o que causou a maior parte das incidências relativas às urnas foi a desinformação na hora de votar. Antônio Hubba, técnico judiciário do TRE-RS, diz que a entidade produziu um material específico para tentar diminuir os casos
– O problema mais comum que registramos no primeiro turno é a precipitação na hora de votar. Até por isso, preparamos um cartaz que explica: "Aguarde aparecer a foto de seu candidato antes de confirmar o voto". Fora isso, tivemos casos naturais de equipamentos que travaram ou que o sistema parou de responder. Na grande maioria dos casos, isso se resolve da maneira mais casual possível, desligando e ligando novamente a urna. Caso isso não resolva, temos reservas, que podem ser instaladas imediatamente – explicou.
Desde 2016, todas as urnas de Porto Alegre são armazenadas no Quarto Distrito, em um galpão na Rua Ernesto da Fontoura. Antes, ficavam em um depósito na Avenida Padre Cacique, na Zona Sul.
Há diversos modelos do aparelho em uso atualmente, com fabricação entre 2006 e 2015. Como a vida útil de cada unidade é de cerca de 10 anos, a maioria das que está em funcionamento está em atividade desde 2009. Na sexta-feira, todos os equipamentos passam a ser transportados para os locais de votação