Três denúncias recebidas pela força-tarefa de apuração de crimes eleitorais do Tribunal Regional Eleitoral do RS (TRE-RS) foram consideradas com "maior potencial" para violar a legislação vigente e encaminhadas à Polícia Federal. Um dos casos é da educadora física que, em um vídeo publicado nas redes, relatou o envio de urnas fraudadas para o Nordeste responsabilizando o governo federal por suposta fraude nas eleições. Ela foi indiciada nesta sexta-feira (19).
— O vídeo dela não corresponde com a realidade. Ela é a primeira de outras que estão sendo submetidas à PF. Não fazemos isso por perseguição, mas porque temos necessidade de demonstrar a transparência das urnas e a lisura dos servidores e da Justiça Eleitoral, que dedicam parte da sua vida para que todos tenham segurança — afirmou o presidente do TRE-RS, desembargador Jorge Luis Dallagnol, em entrevista coletiva nesta sexta.
Apenas o caso da educadora física é de uma pessoa no Rio Grande do Sul. Os outros dois casos devem ser repassados, assim que as pessoas forem identificadas, às unidades federativas responsáveis. A assessoria do órgão não divulgou quais são os Estados onde foram registrados os outros dois casos.
Inquérito em SC
No dia 10 de outubro, o presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina (TRE-SC), desembargador Ricardo Roesler, requisitou a abertura de inquérito à Polícia Federal (PF) para investigação de "fake news".
A iniciativa, segundo o magistrado, partiu da preocupação com a disseminação e divulgação de notícias falsas que visam a desestabilizar o processo eleitoral. O magistrado citou que são investigadas notícias falsas sobre alegação de fraude eleitoral, no funcionamento das urnas eletrônicas e na captação de votos, por exemplo.