Uma das obras mais aguardadas há décadas no Rio Grande do Sul, a segunda ponte do Guaíba foi incluída como prioridade no "livro de transição" elaborado pelo governo Michel Temer (MDB) para o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL). No documento, o Palácio do Planalto carimbou o andamento da medida como urgente para 2019. Junto à ponte, aparecem construções cruciais ao país, como a transposição do Rio São Francisco, no Nordeste.
A conclusão da ponte, porém, depende de outros fatores além da vontade do futuro presidente. O principal entrave está na remoção das famílias que moram na região das ilhas. Atrasado, o processo de conciliação com os moradores começou na segunda-feira (21). De acordo com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), há recursos para transferir parte das famílias, mas um aporte superior a R$ 100 milhões será necessário em 2019.
— No livro da transição, colocamos as obras mais emergenciais — resume o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha (MDB).
Já a duplicação da BR-116 está fora do "livro", confirmou Padilha. Pela atual gestão, o ministro centraliza a coordenação dos trabalhos. Do lado do futuro governo, o deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM) comanda o processo de acesso às informações.
A partir de quarta-feira (31), o processo começará a avançar em Brasília. Padilha e Lorenzoni irão se reunir pela primeira vez desde a eleição, e o parlamentar deverá apresentar os primeiros nomes da equipe de transição. Ao time, será dado acesso a um portal eletrônico com dados sobre leis, número de servidores e projetos desenvolvidos nos últimos dois anos. No "capítulo" sobre a Fazenda, por exemplo, consta um raio X das contas públicas e o sinal de emergência para a reforma da Previdência e para o cumprimento do teto de gastos.