Quem compartilhar notícias falsas no dia da votação do segundo turno pode se complicar com a Justiça no próprio domingo. Isso porque já está em atuação a força-tarefa do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e da Policia Federal (PF) para combater a disseminação desse tipo de conteúdo. No domingo, serão três agentes da PF e um perito em informática focados nesse tipo de crime no RS.
O desembargador eleitoral do TRE Luciano André Losekann explica que o trabalho será em conjunto com os 27 tribunais eleitorais do País.
— Se determinada notícia falsa é veiculada em determinado grupo de WhatsApp, ou mesmo no Facebook, todos os TRE do Brasil estão analisando essas notícias e compartilhando essas mensagens já com a contra-informação, dizendo que é uma notícia falsa.
Os peritos trabalharão para identificar de onde partiu a notícia falsa, através do endereço de IP. Assim que identificada, a Polícia Federal daquele Estado vai ser avisada e a pessoa já pode ser intimada a prestar depoimento.
Losekann alerta que sempre é possível rastrear o conteúdo:
— Ninguém está oculto no mundo virtual, muito pelo contrário.
No domingo, vão atuar também cinco funcionários da ouvidoria do TRE e toda a equipe de tecnologia da informação do tribunal.
Espalhar informações sabendo que são falsas constitui crime, com pena de 1 a 5 anos. Na última sexta-feira, uma educadora física foi indiciada por criar e compartilhar um vídeo, no qual afirmava que haviam urnas fraudadas no Nordeste.