A futura primeira-dama do Brasil, Michelle de Paula, afirmou em entrevista à TV Record que pretende atuar em prol das pessoas com deficiência, principalmente a auditiva. Ela disse acreditar que seu marido, o presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), será capaz de pacificar o país e contou que as polêmicas em que ele se envolveu ao longo da sua atuação no Congresso a afetaram diretamente.
— Eu ainda não sei como será (o governo Bolsonaro), procuro viver um dia de cada vez. Mas eu agradeço a Deus pela oportunidade, e se Deus nos abençoar, eu quero fazer a diferença. Não faço ideia de como será, mas eu tenho muito desejo no coração, muita vontade, muito amor para lutar pelo que eu acredito — afirmou durante a entrevista, que foi a sua primeira para uma emissora de televisão.
Sobre o futuro governo do marido, Michelle afirmou que Bolsonaro "só quer segurança e o ser humano só respeita o que ele teme".
— Ele não quer afundar o Brasil. Pelo contrário, ele quer erguer o Brasil — disse.
Michelle destacou o trabalho que já faz com a comunidade surda, da qual é ativista, e disse que gostaria de realizar missões no sertão do país.
— O Brasil é muito rico, só é mal administrado — disse.
Questionada sobre as polêmicas em que Bolsonaro se envolveu aos longos dos anos e, principalmente durante a campanha eleitoral, a futura primeira-dama disse que se blindou contra elas porque se sentia afetada diretamente.
— Ver que ele é tachado e mal interpretado, muitas vezes me doía. Por isso que eu me blindei. ... Eu me blindo para não sofrer — disse.
Michelle contou ainda que, quando Bolsonaro sofreu o atentado em que levou uma facada durante um ato de campanha ainda no primeiro turno, ela não sentiu medo de perdê-lo, mas afirmou que sua recuperação foi um "milagre". Ela também chamou o autor do ataque, Adélio Bispo dos Santos, de um "ser humano muito mau".
— Em todo o momento, eu tive muita fé em Deus. O primeiro momento foi de tristeza porque ele não merecia passar por aquela situação, mas não tínhamos medo de perdê-lo — disse.
Na entrevista, ela também contou alguns detalhes da vida familiar, como o episódio em que Bolsonaro desfez uma vasectomia que havia feito antes de se conhecerem para que pudessem ter filhos. Para ela, a operação foi uma "prova de amor".
A mulher classificou o marido como "carinhoso" e "atencioso com a família" mas disse que ele é "muito desorganizado em casa" e que a tira do sério quando prepara o café da manhã por causa da bagunça que deixa na cozinha.