Por um ano e dois meses, a atual mulher do pré-candidato à presidência da República Jair Bolsonaro (PSC-RJ) esteve empregada no gabinete do deputado federal. Michelle ingressou no cargo em setembro de 2007. Durante esse período, ainda foi promovida. As informações foram divulgadas pelo jornal Folha de S.Paulo.
Michelle e Bolsonaro se casaram dois meses após ela ingressar no gabinete com um salário de R$ 6 mil. Depois de uma promoção, ela passou a receber R$ 8 mil. A exoneração de Michelle só aconteceu em 3 de novembro de 2008, dois meses após o Supremo Tribunal Federal (STF) consolidar em súmula o entendimento de que o a contratação de parentes até terceiro grau viola os princípios da moralidade e impessoalidade expressos na Constituição de 1988. Jair Bolsonaro ainda não se manifestou sobre a contratação de Michelle.
No último domingo o jornal O Globo já havia revelado que o presidenciável e seus filhos, o vereador Carlos Bolsonaro e o deputado Flávio Bolsonaro, empregaram familiares no Legislativo. Ana Cristina Valle, com quem Bolsonaro manteve um relacionamento entre 1997 e 2007 - mãe de Jair Renan, o quarto filho do parlamentar -, sua irmã, Andrea, e o pai delas, José Procópio, ocuparam as vagas a partir de 1998. Andrea continua lotada até hoje no gabinete do deputado estadual Flávio Bolsonaro (PSC-RJ). Neste caso, o caso não configurou nepotismo porque aconteceu antes da consolidação feita pelo STF.