O coronel da reserva Carlos Alves, que desferiu ameaças à presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Rosa Weber, será monitorado pela Polícia Federal (PF) por meio de tornozeleira eletrônica. O militar reformado foi alvo de mandado de busca e apreensão cumprido na tarde desta sexta-feira (26). A ação foi determinada pela 5ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro.
Além do monitoramento eletrônico, Alves está impedido de andar armado e possuir arma em casa e terá de manter distância de pelo menos 5 km de distância dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) — que também foram alvos das ofensas proferidas pelo coronel da reserva —, do TSE e do ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann. Ele também está impedido de viajar para Brasília.
Em vídeo, Alves ameaça a ministra Rosa Weber caso sejam aceitas as ações contra o candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, por caixa 2 e abuso de poder econômico. O investigado afirma que a presidente do TSE é "salafrária", "corrupta" e "incompetente".
A conduta do militar foi criticada por ministros do STF. O Exército repudiou a ação de Alves e pediu investigação do caso ao Ministério Público Militar (MPM). O órgão informou não ter competência para analisar o caso, que deveria tramitar na Justiça comum. A PF instaurou inquérito para apurar possíveis irregularidades.
Alves poderá responder pelos crimes de difamação, injúria, constrangimento ilegal e ameaça, além de crimes previstos na Lei de Segurança Nacional.