A eleição deste ano no Rio Grande do Sul contará com 27.384 urnas distribuídas em 27.274 seções, segundo o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RS). Os dispositivos estão sendo preparados para a votação com a carga de dados sobre usuários e candidatos, e serão distribuídos aos colégios eleitorais entre a quarta-feira que antecede o pleito (3) e o domingo em que está marcado o primeiro turno (7).
Uma empresa terceirizada fará a entrega percorrendo 1.290 rotas de distribuição. Há diversos modelos do aparelho em uso atualmente, com fabricação entre 2006 e 2015. Como a vida útil de cada unidade é de cerca de 10 anos, a maioria das que está em funcionamento está em atividade desde 2009.
A configuração das urnas teve início na sexta-feira (21), sendo que, por dia, em torno de 500 são finalizadas, de acordo com o tribunal. Após carregar o dispositivo com as informações sobre eleitores e postulantes aos cargos em disputa, é realizada uma inspeção geral.
— A urna é ligada para verificar se o horário está correto, se a pilha está carregada para não atrasar o relógio, pois ela só funciona durante o tempo da eleição — explica Cássio Vicente Zasso, coordenador de eleições do TRE-RS.
Para caso de imprevistos, nos quais o equipamento precise ser trocado, o tribunal tem à disposição um acervo total em torno de 33 mil unidades. Para garantir agilidade, além das previstas para estarem em uso no processo eleitoral, costuma-se deixar preparado efetivo extra de 10% desse montante. As que eventualmente forem substituídas passam a integrar o cota de reforço para nova necessidade de mudança.
Praticamente todas as urnas já ficam próximas de suas zonas eleitorais para facilitar o transporte. Todo o roteiro de entrega é feito por um motorista e um ajudante que entregam o utensílio ao responsável por seção.
Segundo o TRE-RS, o processo é rigidamente controlado e documentado para que não haja fraude.
— A cada ano, novas camadas de segurança são implementadas. Antes da eleição, são chamadas pessoas de universidades e hackers para testar e, caso se descubram falhas, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) trabalha para sanar. Além disso, as urnas não tem conexão com a internet. Não é possível acessá-las para burlar algo — afirma Zasso.