Reforçando a estratégia de se dissociar do governo de Michel Temer (MDB) na campanha presidencial, o candidato do PSDB ao Planalto, Geraldo Alckmin, disse nesta quarta-feira (19) que a participação de seus correligionários em ministérios de Temer, como foi o caso dos senadores José Serra e Aloysio Nunes e o do deputado Antônio Imbassahy teve bases técnicas — e não ocorreu exatamente por afinidade com o programa de Temer.
— Cedemos quadros importantes, com base e capacidade técnica. Por mim, entretanto, o PSDB não teria participado do governo — disse o ex-governador de São Paulo em sabatina no Fórum Páginas Amarelas, da revista Veja.
O candidato também não poupou o Partido dos Trabalhadores de críticas.
— O PT não tem limites. É o sexto ano seguido de déficit primário. A dívida bruta explodiu. Quebraram o governo federal e levaram milhões ao desemprego. Agora, responsabilizar a oposição que não está há 16 anos no governo não é adequado. Criou déficit gigantesco e a população está pagando, eles não propuseram uma reforma estrutural, previdência, trabalhista, nada — declarou o tucano.
Ainda assim, Alckmin aponta que a chapa de Fernando Haddad já tem passaporte carimbado para o segundo turno.
— A realidade é que o PT já está no segundo turno, mas não penso isso sobre Bolsonaro. Precisamos escolher quem vai derrotar o PT no segundo turno — afirmou.