O Ministério Público do Estado de São Paulo instaurou nesta segunda-feira (24) um inquérito para investigar o candidato à Presidência Geraldo Alckmin, do PSDB, no caso de desapropriações de terrenos envolvendo familiares do ex-governador de São Paulo. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.
As irregularidades foram denunciadas por uma reportagem do jornal paulista. Segundo a apuração, Alckmin realizou duas desapropriações, nos anos de 2013 e 2014, que beneficiaram as propriedades do sobrinho Othon Cesar Ribeiro e a ex-mulher, Juliana Fachada Cesar Ribeiro.
Ainda de acordo com a publicação, essas duas desapropriações não estavam previstas no projeto original da obra de contorno da rodovia Raposo Tavares. Com os decretos assinados por Alckmin, Othon e Juliana teriam sido beneficiados com o valor aproximado de R$ 3,8 milhões de indenização.
O procurador Marcelo Milani deu um prazo de 20 dias para que as partes envolvidas se manifestem sobre a acusação.
Contraponto
Alckmin se pronunciou por meio de sua assessoria. Segundo ele, não houve interferência no processo de desapropriação e a alegação de benefícios a parentes é “descabida e ofende o bom senso”. O tucano ainda afirmou que assinou centenas de decretos de utilidade pública e de desapropriação e que “todos eles (foram) amparados em pareceres técnicos dos órgãos responsáveis e em parecer jurídico da Procuradoria Geral do Estado”.