Nesta quinta-feira (16), primeiro dia em que a propaganda para as eleições 2018 esteve liberada, houve movimentação tímida dos candidatos a presidente. Dos 13 postulantes ao Planalto, pelo menos sete foram registrados indo a campo para conquistar eleitores. Ciro Gomes (PDT), Alvaro Dias (Podemos), Geraldo Alckmin (PSDB), Henrique Meirelles (MDB), João Amôedo (Novo), Marina Silva (Rede) e Vera Lúcia (PSTU) participaram de um encontro, em São Paulo, realizado pelo grupo Mulheres do Brasil, presidido pela empresária Luiza Helena Trajano. Além do debate, os participantes também tiveram outros compromissos na agenda.
Marina Silva também lançou sua campanha em outra ocasião. Rodeada de médicos e amparada no histórico de seu vice na chapa, Eduardo Jorge (PV), sua primeira atividade foi no ambulatório Médico Voluntário do Cangaíba, zona leste de São Paulo. Sem citar nomes, Marina não poupou ataques aos seus adversários.
— Temos de ser pioneiros. Para ganhar uma eleição, não precisamos ser aqueles que têm milhões e milhões. Temos de ser pioneiros e dizer que, para ganhar uma campanha, que não seja com vários partidos — afirmou, em referência à necessidade de coligações para abocanhar maior tempo na propaganda eleitoral obrigatória.
Ciro Gomes começou sua campanha em Irajá, bairro da zona norte do Rio. Ele discursou em uma pequena quadra poliesportiva na praça Ferreira Souto, ao lado de sua mulher, Giselle Bezerra, do presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, e do candidato ao governo do Rio, Pedro Fernandes. O pedetista destacou medidas contra o desemprego, disse que os eleitores não deveriam fazer escolhas políticas baseadas em extremismo e cobrou medidas para esclarecer o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL), morta na cidade.
Ciro também mencionou a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), afirmando que ela "se deixou derrubar por uma corja de bandidos que estão na cadeia" e que isso não aconteceria com ele.
O candidato a vice na chapa do PT, Fernando Haddad, esteve na sede da Polícia Federal, em Curitiba, onde o colega de sigla e candidato a presidente Luiz Inácio Lula da Silva está preso. Haddad comentou o pedido dos procuradores da Operação Lava-Jato para que a Justiça impeça que a presidente do partido, senadora Gleisi Hoffmann, e ele visitem Lula na cadeia.
— É uma manifesta inconstitucionalidade. Um fato inédito, a cassação de prerrogativa de advogado — criticou.
Haddad ainda participou de um debate do movimento Todos pela Educação. O ex-ministro da Educação disse que pretende focar nas áreas que tiveram menos avanços durante os governos do PT.
— O que a gente conseguiu na educação infantil e no ensino fundamental, nós não conseguimos no médio. O que nós conseguimos na educação superior, não se refletiu no médio também. O médio ficou um problema por resolver —reconheceu.
O ministro Henrique Meirelles aproveitou o dia também para divulgar nas redes sociais seu "Pacto pela Confiança", programa com o qual promete reconduzir o Brasil ao caminho do crescimento.