No mesmo dia em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva divulgou carta dizendo que já não tem razões para acreditar que terá "justiça", o PT confirmou a incorporação de novos nomes à coordenação da campanha presidencial da sigla.
Reunida em Brasília nesta terça-feira (3), a Executiva Nacional petista informou que o ex-presidente da Petrobras Sergio Gabrielli assumirá como coordenador-geral da campanha. O ex-ministro Ricardo Berzoini vai coordenar as finanças da candidatura petista. Além deles, os ex-ministros Luiz Dulci e Gilberto Carvalho e o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, também foram indicados para a compor a equipe.
O ex-prefeito da capital paulista Fernando Haddad, tido como "plano B" do PT para a disputa presidencial, continua como coordenador do programa de governo. Recentemente, Haddad se integrou à equipe de advogados do ex-presidente, o que lhe dará acesso livre ao petista na prisão.
As indicações para a coordenação da campanha foram atribuídas ao próprio Lula. Todos os nomes apresentados já vinham participando de reuniões do chamado "conselho político", montado para conduzir a estratégia eleitoral da legenda.
A Executiva do PT também aprovou um calendário de mobilizações em defesa da liberdade do ex-presidente e do direito de ele ser candidato ao Planalto. O partido promete organizar uma "marcha" em Brasília para marcar, no dia 15 de agosto, o registro da candidatura de Lula no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Em agosto de 2017, José Sérgio Gabrielli foi condenado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) a ressarcir o erário público em cerca de R$ 250 milhões por eventuais prejuízos decorridos da negociação na refinaria de Pasadena. O ex-presidente recorreu à decisão.