Três candidaturas estão bem encaminhadas para a disputa das eleições municipais em Caxias do Sul. Em 6 de outubro, os eleitores não devem ter mais do que cinco opções para comandar a prefeitura a partir de 2025. Além do prefeito Adiló Didomenico (PSDB), que tentará a reeleição, a deputada federal Denise Pessôa (PT) e o vereador Maurício Scalco (PL) são os nomes já confirmados como pré-candidatos.
O MDB também deve ter um candidato, e tem como alternativas à mesa o vereador Felipe Gremelmaier e o ex-vereador e ex-deputado federal Mauro Pereira – os emedebistas prometem protagonismo, mas uma definição deve se arrastar por mais semanas. A quinta candidatura pode ser do PSOL, que ainda não definiu se estará sozinho no primeiro turno ou ao lado de Denise, em frente de partidos da centro-esquerda.
Enquanto a coligação da direita não deve ultrapassar quatro partidos (PL, PP, Novo e Podemos), as frentes do governo e da centro-esquerda ainda podem agregar mais apoios até o pleito. Isso porque PSB, PSD e Solidariedade são siglas indefinidas atualmente no cenário, com baixa possibilidade de indicarem candidato próprio. No momento, as três legendas são disputadas por Denise e Adiló.
O PSB, que integra a base do Governo Adiló, está focado em definir 40 propostas para a cidade, que devem ser um balizador para definição do futuro socialista. O presidente do PSD tem preferência por uma aliança com a centro-direita – cujo nome seria de Adiló –, mas não descarta participar de chapa da esquerda, com a Denise.
Confira abaixo como está o cenário em Caxias:
Frente do governo
Os partidos
- PSDB
- Cidadania
- PRD (ex-PTB)
- União Brasil
- Republicanos
Os pré-candidatos
- Prefeito: será Adiló Didomenico (PSDB, foto), que tentará a reeleição.
- Vice-prefeito: ainda não há confirmação. O nome favorito desde 2023 é do atual secretário do Meio Ambiente, João Uez. Ele deve filiar-se ao Republicanos até o final da semana e ficar à disposição para a disputa.
Para ficar de olho
- Além da definição de quem será candidato a vice-prefeito, a frente governista pode agregar mais partidos em futura coligação. O PSB compõe a base do atual Governo Adiló, e a sequência desse apoio é a preferência de parte dos integrantes do diretório, liderados pelo secretário de Habitação, Wagner Petrini.
- Nas últimas semanas, em meio a imbróglio interno no Progressistas, ventilou-se a possibilidade de o secretário de Turismo, Ricardo Daneluz, ser candidato a vice de Adiló. Com a destituição do diretório e a inclinação progressista a Maurício Scalco, a possibilidade está praticamente descartada. Daneluz, inclusive, estuda ficar no governo, sem retornar à Câmara para concorrer.
Frente da centro-esquerda
Os partidos
- PT
- PDT
- PCdoB
- PV
- Rede Sustentabilidade
Os pré-candidatos
- Prefeita: será a deputada federal Denise Pessôa (PT, foto).
- Vice-prefeito: será o ex-prefeito Alceu Barbosa Velho (PDT).
Para ficar de olho
- Com a chapa formada desde o início do primeiro trimestre, os partidos da centro-esquerda vão encerrar a janela com o caminho mais pavimentado que os adversários.
- A eventual coligação sonha com a participação do PSD, e não recusaria apoio do PSB nem do Solidariedade. O PSOL ainda não decidiu se terá candidato próprio ou se apoiará eventual candidatura de Denise.
Frente da direita
Os partidos
- PL
- Progressistas
- Novo
- Podemos
Os pré-candidatos
- Prefeito: será o vereador Maurício Scalco (PL, foto).
- Vice-prefeita: será a vereadora Gladis Frizzo, que se filiou ao Progressistas ontem.
Para ficar de olho
- A destituição do diretório municipal e a filiação de Gladis Frizzo e Adriano Bressan ao Progressistas indicou que o partido estará ao lado de Scalco. Uma comissão provisória ainda será nomeada e terá a incumbência de ouvir os pré-candidatos e definir o caminho do partido. Apoiar Adiló, embora seja uma possibilidade, é caminho bastante improvável neste momento.
- A coligação não deve passar dos 4 partidos.
Partidos com indefinições
MDB
- Com o discurso de “protagonismo”, mesmo após a confirmação de que José Ivo Sartori não será candidato, o MDB deve indicar nome próprio à majoritária. O ex-vereador e ex-deputado federal Mauro Pereira e o vereador Felipe Gremelmaier colocaram os nomes à disposição. O presidente municipal, deputado estadual Carlos Búrigo, prometeu uma decisão até o final de de abril.
- Nos bastidores, falou-se muito que o partido estaria em uma chapa com Adiló Didomenico, indicando o nome do candidato a vice. O MDB, entretanto, descarta, e garante que terá candidato.
PSB
- O partido, que integra base do governo municipal atualmente, não descarta participar de coligação ou com Adiló ou com Denise, nem de indicar candidato próprio (o caminho mais improvável neste momento). No momento, o foco é na construção do seminário 40 Propostas para Caxias, que deve conduzir a tomada de decisão sobre o futuro socialista.
PSD
- O presidente do partido, Michel Pilonetto, prefere estar com a centro-direita, ou seja, com Adiló, mas o apoio à Denise não está descartado. A decisão deve demorar mais tempo para ser confirmada, com possibilidade de ficar somente para as convenções, em julho.
PSOL
- A sigla definiu três pontos fundamentais para o plano de governo como condição para participar na frente de centro-esquerda, onde o PSOL tem trânsito. Caso não sejam contemplados, o partido deve indicar nome próprio para a majoritária.
SOLIDARIEDADE
- Apesar de haver movimentos internos com a intenção de indicar um candidato próprio à prefeitura, a tendência é de que o partido integre coligação na disputa. O presidente Antíoco Sartor é inclinado a participar da frente de centro-esquerda, ao lado de Denise, mas não é unanimidade no diretório.