Manifestações pró-Bolsonaro marcaram o Dia do Trabalhador em Caxias do Sul. Grupos bolsonaristas se reuniram na tarde de domingo (1º), na Praça Dante Alighieri. A atividade estava marcada para iniciar às 10h, mas, por conta do mau tempo, o evento começou às 14h.
Por volta de 14h15min, alguns motoristas que passavam pela Rua Sinimbu começaram com buzinaços a favor do movimento. Já outros motoristas gritavam pela janela apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o que gerou trocas de ofensas entre os dois grupos.
A maior concentração de público iniciou às 15h. Além da grande bandeira do Brasil, pendurada por dois guindastes, que ocupava grande parte das quatro faixas da Sinimbu, os manifestantes seguravam faixas com frases como “voto auditável”, “intervenção militar com Bolsonaro no poder”, “limpeza de todas as instituições”, “STF corrupto”, “Supremo é o povo” e “Nós queremos a destituição dos ministros da Suprema Corte”, essa com tradução para o inglês.
Às 15h30min, manifestantes ocuparam os dois lados da Sinimbu, em frente à praça e à Catedral, enrolados em bandeiras do Brasil. A Secretaria de Trânsito bloqueou parte da Sinimbu a partir da Visconde de Pelotas. Porém, a passagem de ônibus permaneceu liberada. Em alguns momentos, os manifestantes bloquearam a passagem, mas logo liberavam por orientação dos organizadores. Por volta de 16h, o público preenchia mais da metade da via, no trecho em frente à praça central.
Dois grupos bolsonaristas
Uma particularidade da manifestação em Caxias foi a presença de dois grupos bolsonaristas distintos, cada um com estrutura sonora própria.
Um dos grupos era liderado pelo vereador Sandro Fantinel (Patriota), responsável pela colocação da bandeira do Brasil no alto da rua. Esse grupo iniciou a manifestação às 14h, com caixas de som que tocavam hits brasileiros famosos na internet, com versões em apoio a Bolsonaro.
Liderado pelo bolsonarista caxiense Daniel Santos, o outro grupo fazia parte do Movimento Sul Brasil e Nas Ruas. Por volta de 15h30min, um mini trio elétrico chegou na praça para o discurso de algumas lideranças, que puxavam gritos de “Lula ladrão teu lugar é na prisão” e “eu vim de graça”. Mais para o final do ato, os dois grupos que estavam na praça se manifestaram no microfone ao mesmo tempo.
— Aqui não é palanque político. Aqui é para a defesa da nossa liberdade e da nossa bandeira — expressou Fantinel, durante uma breve manifestação.
A partir das 16h30min, o público começou a dispersar por conta da chuva forte, encerrando o ato.