As demandas e as bandeiras da nova gestão da Associação dos Municípios da Encosta Superior do Nordeste (Amesne) serão debatidas em um encontro da diretoria nesta semana. Mas o novo presidente, Alcione Grazziotin, prefeito de Nova Prata, adianta que as decisões continuarão sendo tomadas em conjunto com os representantes das cidades que fazem parte da entidade.
Em entrevista ao Gaúcha Hoje da Gaúcha Serra nesta segunda-feira (4), Grazziotin, que sucede Fabiano Feltrin, prefeito de Farroupilha, falou sobre demandas de infraestrutura e pedágios — o leilão para concessão de 270 quilômetros de rodovias estaduais será realizado no dia 13 de abril.
— Nós participamos de reuniões, de assembleias para tratar desse tema e a maioria dos participantes se mostrava contra a alta tarifa dos pedágios. São questões que serão objeto de debate. É certo que a qualidade das rodovias depende na maioria das vezes até de uma privatização, de implantação de praça de pedágio, todavia, deve corresponder às condições da população — disse.
Ouça a entrevista:
Confira trechos da entrevista:
Pandemia
"O encaminhamento desse tema foi com magistral condução do nosso antecessor, prefeito de Farroupilha, Fabiano Feltrin, bem como o comitê técnico regional, capitaneado pela Marijane Paese, que com toda dedicação encaminharam essa demanda que era mundial e focando na nossa região. Era uma demanda que comprometeu as estruturas dos municípios, uma vez que o fechamento de atividades econômicas, de escolas, de setores, impacta diretamente no convívio social. Foi muito bem conduzido o tema. A Amesne sempre teve uma liderança com estudos detalhados, de todas as formas tentando minimizar as consequências que foram nefastas. Nesse momento, a pandemia ainda está presente. Serão continuados os estudos, claro que agora não existe o desespero geral, a situação está mais controlado. Mas não será descuidado esse item".
Demandas
"As preocupações são comuns a todos os municípios da região. Não só logística, transportes e manutenção de estradas, questão das concessões que agora estão presentes, mas também a questão da infraestrutura urbana, do tratamento de efluentes. Isso tudo faz parte de um grande estudo que a Amesne participa juntamente com o Cisga (Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável da Serra Gaúcha), que é o consórcio dos municípios para que sejam atendidas às diretrizes, por exemplo, do marco regulatório do saneamento básico. Essas questões que são comuns a toda a região. Essa nova diretoria não deixará de direcionar espaços e medirá esforços para que tudo isso seja o mais breve possível encaminhado e solucionado".
Prioridades
"Estamos programados para fazer um encontro da diretoria nesta semana para tratar das metas para depois discutir no grande grupo, como era feito no ano anterior. As decisões são sempre tomadas em colegiado. Esse é o objetivo da associação, que todos participem com ideias. O objetivo é melhorar a qualidade de vida a cada cidadão".
Pedágios
"Nós participamos também de reuniões, de assembleias para tratar desse tema e a maioria dos participantes se mostrava contra a alta tarifa dos pedágios. São questões que serão objeto de debate. É certo que a qualidade das rodovias depende na maioria das vezes até de uma privatização, de implantação de praça de pedágio, todavia, deve corresponder às condições da população, com as condições econômicas da região. As estradas precisam de manutenção, precisam de aprimoramento, porque a quantidade de usuários aumenta muito. Mas a questão do valor do pedágio me parece que é o que mais é combatido".
Estradas
"As demandas que foram implantadas pela gestão anterior serão continuadas e algumas novas. Mas o objetivo é que esteja focado na nossa região, que a nossa região seja o desaguador dessas estradas. Temos focos identificados em cidades da região que necessitam urgentemente não só de reparos, mas de duplicações e melhorias em todos os sentidos. O que estiver ao nosso alcance, não vamos deixar de buscar, de pleitear".