A maior dúvida com relação à votação que vai eleger a nova presidência da Câmara de Caxias é com relação ao posicionamento do vereador Adriano Bressan (PTB). Aliado de Marcon, integrante destacado da frente anti-PT e vice-líder de governo, Bressan admite a possibilidade de votar favorável à eleição de Denise caso seja decisão da bancada.
— O meu posicionamento sempre foi de que não há acordo. Quando entrei nessa casa, os meus eleitores poderiam esperar que eu tivesse uma posição que qualquer um dos 23 vereadores pudesse ser presidente. Então não entrei aqui por acordo e não votarei acordos, mas votarei, sim, em conjunto com a minha bancada. Se a nossa bancada decidir no voto em conjunto (para Denise) vamos votar em conjunto, vamos seguir o partido — revela o petebista.
Bressan comenta que ainda não foi batido martelo sobre a questão, mas que não vê problema se o posicionamento partidário for pela representatividade. O vereador ainda afirma que, na verdade, Marcon é o responsável por incitar a polêmica sobre o tema:
— Com certeza, o meu eleitorado me vincula ao confronto com o PT, mas sabemos que há uma questão de representação que sempre foi respeitada, não acordos, mas sim representação. A gente sabe, ele é meu amigo, mas quem fez a maior polêmica dessa situação foi o vereador Marcon, ele que iniciou essa situação. Não foi puxada por mim e nem pelo PTB, foi puxada pelo vereador Marcon. Pra mim não tem problema nenhum se a bancada decidir por voto conjunto.
O parlamentar também acredita que a formação da Mesa com maioria de integrantes da base governista representa maior relevância do que o cargo individual de presidente.
Impacto na frente
Marcon acredita que Bressan deve acabar votando contrário. No entanto, provoca:
— Se o Bressan tiver que votar porque a bancada tem de votar, ele vai ter de responder pelos votos dele, a coerência fica um pouco comprometida. De qualquer forma, ele foi um dos grandes articuladores que tentou mobilizar governo para evitar essa situação.
Sobre o impacto no grupo, que desde o início da legislatura já perdeu a participação de Juliano Valim (PSD) e teve distanciamento de Wagner Petrini (PSB), Marcon diz não acreditar em dissolução ou enfraquecimento e se assegura em representar a bandeira:
—Se a Frente anti-PT um dia tiver que ficar só eu não me importa, pois fui eleito para ser uma voz contra as ideias anti-petistas.