Os dois candidatos que estão no segundo turno concederam entrevistas à Gaúcha Serra na manhã desta segunda-feira (16). Pepe Vargas (PT) reiterou que irá conversar com todos os candidatos que ficaram de foram da disputa, porém, ressaltou que irá buscar o apoio da população, independente de partidos. Já o candidato Adiló Didomenico (PSDB) frisou a busca pelos votos brancos e nulos e abstenções como uma das estratégias.
Confira os principais trechos da entrevista com Pepe Vargas:
Avaliação
"Nós tínhamos essa expectativa de que chegaríamos em primeiro no primeiro turno. No nosso entender, Caxias nos últimos anos andou para trás ao invés de andar para frente. Por isso, inclusive, colocamos o nome da nossa coligação de Caxias Pra Frente. Já fomos referência nacional no Sistema Único de Saúde e a nossa saúde chegou a tal ponto que hoje faltam medicamentos básicos, não são só os medicamentos especiais. Existem filas enormes para conseguir consultas nas unidades básicas de saúde. Existem longas filas de espera para conseguir uma consulta especializada, um exame ou cirurgias eletivas. Filas que duram mais de ano. E também dissemos que é necessário ter uma política que gere trabalho e renda para a população em função do alto desemprego".
Confiança
"É um outro momento, as pessoas querem um voto com mais confiança. Já fui prefeito da nossa cidade por oito anos, terminei a minha gestão com 92% aprovação. Isso significa que mesmo quem não votou em mim acabou concordando que a gente fez um bom governo. Fizemos um governo com diálogo, ouvindo todos os setores da sociedade, fizemos parcerias tanto com os empresários quanto com os trabalhadores, e acredito que isso as pessoas ponderam e acabam decidindo o seu voto. Pretendemos fazer um governo onde as pessoas possam ter um diálogo com o poder público, e vamos tentar unificar a nossa cidade. Ainda estamos enfrentando uma pandemia. Eu sou médico, não tenho a menor dúvida de que seria o melhor prefeito neste momento porque sei do que se trata, sei como organizar o serviço de saúde. Não há nenhum governo que investiu tanto na saúde como na minha administração."
Em busca de segurança
"A maioria dos eleitores não tem partido. O percentual de eleitores que têm um posicionamento formado por esses espectros político-ideológicos é muito pequeno. A ampla maioria dos eleitores não tem essa pré-disposição de ser esquerda, ser direita, ser de centro. O que as pessoas querem é alguém que governe, que tenha experiência, alguém que dê segurança, alguém que cuide da cidade. A pessoa pode não concordar necessariamente com o partido com o qual eu faço parte, mas a pessoa sabe que eu sou um prefeito que dará segurança. Segurança de que a saúde vai ser bem cuidada, temos propostas concretas para atrair empresas para Caxias."
Vou procurar o apoio da população
"Os partidos não votam, quem vota são as pessoas. Vou procurar o apoio da população caxiense apresentando propostas. Vamos conversar, sim, com todos os candidatos que disputaram o primeiro turno. Aliás, eles apresentaram propostas nesta campanha, algumas parecidas com as nossas, outras diferentes. Eu não teria problema algum de absorver qualquer proposta que seja boa para a nossa cidade. Nesse momento de crise e dificuldade, temos que colocar Caxias em primeiro lugar. As pendências políticas ficam secundarizadas."
Saúde e economia
"A gente tem dito que a saúde e a economia têm que andar juntas para vencer a pandemia e a crise. A saúde bem organizada vai permitir que a economia funcione, e a economia funcionando vai permitir que a roda gire e as pessoas consigam emprego, renda e a prefeitura aumente a sua arrecadação para fazer os investimentos necessários na saúde e em outras políticas públicas, como é o caso da educação, que também precisa ter mais investimentos na educação infantil que hoje é uma coisa que eu considero até vergonhosa Caxias não ter o número de vagas suficientes para garantir a educação infantil, que é uma obrigação da prefeitura.