O prefeito de Farroupilha, Claiton Gonçalves (PDT), falou na manhã desta terça-feira (3) sobre o mais novo pedido de impeachment contra ele, aprovado por unanimidade em sessão nesta madrugada. O placar contou, inclusive, com votos de parlamentares da situação que já integraram o governo de Claiton, como secretários. O chefe do executivo municipal diz que já esperava o resultado e que "respeita o momento político da Câmara de Vereadores".
— Tenho me declarado muito distante das questões políticas, isso talvez seja a grande razão do divórcio — diz.
Durante a sessão que aprovou a aceitação do processo protocolado pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a vereadora da base, Maria da Glória Menegotto (Rede), pediu que Claiton renunciasse para que "a paz voltasse" à cidade. Questionado sobre a possibilidade, o prefeito afirmou:
— Esse é um assunto que apareceu recentemente, vi em falas de vereadores, em manifestações da oposição. Acho que é uma possibilidade que a gente tem que avaliar!
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Claiton explica que precisa consultar um grupo de pessoas que o elegeu para, então, decidir qual rumo tomar.
— Vou obedecer todo o ritual (da Câmara) e, se em algum momento eu achar que as coisas estão indo além da questão meramente política, mas de ranço pessoal, me retiro! — declara.
Caso a Câmara de Vereadores decida aprovar o impeachment - são dois processos em tramitação - além de perder o cargo, Claiton ficaria inelegível por oito anos. Sobre quando pretende anunciar a definição, o prefeito diz que dependerá do movimento do Legislativo.
- Pelo que sabemos, eles (os vereadores) têm pressa - conclui.
Na segunda-feira, Claiton Gonçalves afirmou ao Pioneiro que 'não há ilicitude' em seu governo.