Em meio ao processo de impeachment contra o prefeito de Caxias do Sul, Daniel Guerra (Republicanos), a Câmara de Vereadores define hoje, na última sessão do ano, a Mesa Diretora para 2020. A eleição deve conduzir à presidência da Casa o vereador Ricardo Daneluz (PDT). Assim, fica mantido o acordo estabelecido no início da legislatura visando à definição do rodízio na presidência da Câmara entre os partidos de maior bancada – MDB, PSB, PTB e PDT.
Na tarde de ontem, a composição da Mesa Diretora ainda estava indefinida. O Pioneiro apurou que, além de Daneluz, devem integrar a Mesa os vereadores Paulo Périco (MDB), como 1º vice-presidente, e a vereadora Tatiane Frizzo (Solidariedade), 1ª secretária. Também está confirmado o vereador Alberto Meneguzzi (PSB), presidente no ano passado, como 2º secretário.
O vereador Alceu Thomé (PTB) é cortejado para integrar a Mesa em 2020. Ontem à tarde, afirmou que tinha recusado o convite. Caso fique de fora, o PTB não terá representante na Mesa Diretora. Adiló Didomenico (PTB) será candidato a prefeito de Caxias, e a presença na Mesa atrapalharia sua campanha. O atual presidente, Flávio Cassina (PTB), também deve ficar de fora devido à possibilidade de assumir como prefeito na hipótese de Daniel Guerra ter o mandato cassado. A vereadora Paula Ioris (PSDB) também teria sido convidada, mas encontra a mesma dificuldade de Adiló. Ela será candidata a vice-prefeita na chapa do petebista e precisa de tempo para a campanha eleitoral.
– Estamos ainda definindo algumas questões – disse Daneluz, após as 19h, quando seguiam as tratativas.
A presidência de Daneluz esteve ameaçada após duas movimentações suas divergentes à direção partidária. Ele protocolou o projeto de lei que propõe a extinção do passe-livre no transporte coletivo em um domingo por mês e ensaiou apresentar projeto para reduzir o número de vereadores de 23 para 17.
No início de outubro, a transferência de Daneluz do PDT para o PP na janela partidária no ano que vem era dada como certa. Em reunião com os demais vereadores da bancada pedetista – Rafael Bueno, Velocino Uez e Gustavo Toigo – e o ex-prefeito Alceu Barbosa Velho, Daneluz teria se comprometido em permanecer na sigla para comandar o Legislativo.
Junto com a escolha da Mesa Diretora, os vereadores também vão definir a presidência das 10 Comissões Permanentes da Casa. Além de visibilidade política, cada presidente de comissão tem direito a nomear um assessor político de comissão, um CC6, com salário de R$ 4.573,33 e auxílio-alimentação de R$ 648,56.
Mesa diretora
COMO ESTAVA A DEFINIÇÃO DE CARGOS ATÉ ONTEM, NO INÍCIO DA NOITE.
n Ricardo Daneluz (PDT), presidente
n Paulo Périco (MDB), 1º vice-presidente
n Tatiane Frizzo (Solidariedade), primeira secretária
n Alberto Meneguzzi (PSB), segundo secretário
n Alceu Thomé (PTB) e Paula Ioris (PSDB) são cogitados.