O presidente da República Jair Bolsonaro chegou por volta das 10h desta quinta-feira (5) ao Spa do Vinho, em Bento Gonçalves, local que sedia a Cúpula do Mercosul, em Bento Gonçalves. Acompanharam Bolsonaro na comitiva os ministros da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, de Economia, Paulo Guedes, da Agricultura, Tereza Cristina, da Saúde, Fernando Mandetta, da Cidadania, Osmar Terra e das Relações Exteriores, Ernesto Araújo.
Leia mais
"Saímos da caverna para a luz do sol", afirma ministro de Relações Exteriores brasileiro, em Bento
Na entrada do hotel, Bolsonaro foi recepcionado pelo ex-deputado federal e ex-vereador de Caxias do Sul, Mauro Pereira (MDB). O presidente não concedeu entrevista à imprensa. Às 10h, ele tinha reunião marcada com o presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez. Não há confirmação de qual será o assunto do encontro bilateral, porém, a tendência é de que os chefes de estado avancem na discussão acerca de um acordo automotivo que deve ser assinado entre os países.
Às 11h está marcada a principal reunião da Cúpula do Mercosul. Além de Bolsonaro e Benítez, participam do encontro o presidente da Argentina, Maurício Macri, e a vice-presidente do Uruguai, Lucía Topolansky.
Lucía chegou às 10h15min em Caxias do Sul. A saída do voo de Montevidéu atrasou devido às condições climáticas em Caxias. A aeronave uruguaia pousa apenas com condições visuais e, até as 8h, a neblina tomava conta do aeroporto. A comitiva seguiu até Bento com escolta da Polícia Federal e agentes da Polícia Rodoviária Federal. A vice deve retornar a Caxias no final da tarde para retornar ao Uruguai.
Na quarta-feira (4), Bolsonaro afirmou que não sairá da reunião do bloco econômico em Bento de "mãos vazias". Ele citou, por exemplo, a possibilidade de fechar o acordo automotivo com o Paraguai.
A iniciativa incluiria na união aduaneira uma das únicas cadeias produtivas que estão fora do regime especial. Como o setor automotivo não foi inserido nas regras comerciais do Mercosul, foram assinados tratados bilaterais. Embora seja visto como uma prioridade para corrigir um desequilíbrio no bloco, o acordo automotivo ainda enfrenta dificuldades pela resistência do Paraguai em ceder em itens da pauta brasileira.