A 13 meses da eleição, a maioria dos vereadores de Caxias do Sul pretende concorrer à reeleição. Dos 23 parlamentares, 13 estão decididos a disputar vaga e nove têm o futuro político indefinido. Um deles admitiu que está fora da corrida ao Legislativo. Eles enfrentarão oposição forte de grupos de redes sociais, que defendem mudança total no quadro de vereadores.
A dúvida de algumas candidaturas para a Câmara de Vereadores está ligada ao cenário político incerto para a eleição à prefeitura. O fim da coligação para as eleições proporcionais de 2020 traz uma preocupação para os dirigentes partidários. Nos partidos tradicionais, a mudança deve impulsionar as candidaturas de cabeça de chapa na tentativa de dar visibilidade aos candidatos a vereador. Já nas siglas menores, a tendência é a perda de espaço, uma vez que dificilmente vão atingir o coeficiente eleitoral para eleger um candidato. Outra mudança que também deve mexer no cenário é a abertura da janela de transferência partidária, prevista para acontecer em fevereiro do próximo ano. Pelo menos cinco vereadores são cotados para mudar de partido: Rodrigo Beltrão (PT), Edson da Rosa (MDB), Ricardo Daneluz (PDT), Velocino Uez (PDT) e Arlindo Bandeira (PP).
Dos atuais vereadores, o único que confirmou que não concorrerá à reeleição é Adiló Didomenico (PTB), que será candidato a prefeito. Para a reportagem, a vereadora Paula Ioris (PSDB) disse que ainda é cedo para comentar sobre o assunto, e que tem muita coisa para ser avaliada. A tucana disse à coluna Mirante desta sexta-feira (13) que não descarta ser candidata a vice-prefeita em uma chapa com Adiló.
Outros três vereadores afirmaram que ainda não tem definição sobre a reeleição e podem aparecer em chapas majoritárias. Gustavo Toigo (PDT) diz que “existe uma chance de não concorrer mais a vereador”. Questionado se poderia disputar a prefeitura, afirma que está preparado para concorrer a prefeito ou a vice, se for entendimento e indicação do partido.
O vereador Kiko Girardi (PSD) também considera a possibilidade de se apresentar como candidato a vice em uma chapa. Kiko diz que o PSD cogita ainda apresentar candidato a prefeito.
De saída do PT, o destino de Beltrão é incerto. Ele já conversou sobre uma transferência para o PSB, PDT e PTB. E não esconde que gostaria de concorrer a prefeito, porém, nesses três partidos enfrentaria resistência dos filiados. No PDT, tem a concorrência do ex-prefeito Alceu Barbosa Velho e de Toigo. Adiló é o nome do PTB. Já o PSB está flertando com o PT e já foi parceiro do MDB do ex-governador José Ivo Sartori, que apoiou o governo de Jair Bolsonaro.
Existe ainda um grupo de parlamentares que pode ser chamado de “em cima do muro” formado por Alceu Thomé (PTB), Edio Elói Frizzo (PSB), Flavio Cassina (PTB) e Edson da Rosa (MDB), que preferiu ser evasivo. Eles usaram como pretextos o longo período até a eleição, a necessidade do partido, a idade e a opinião dos eleitores. Já a vereadora Gladis Frizzo (MDB) diz que sua decisão depende da recuperação do estado de saúde de seus familiares.