O ex-governador Germano Rigotto (MDB) também foi lembrado pela Câmara de Indústria, Comércio e Serviços (CIC) de Caxias do Sul. Ao lado do colega de sigla, o ex-governador José Ivo Sartori, ele recebeu o título de Associado Honorário durante a reunião-almoço desta segunda-feira (8).
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Ao contrário de Sartori, falou com a imprensa por quase 20 minutos. Agradeceu pela homenagem e lembrou dos investimentos que fez quando era governador para que a Rota do Sol, uma das principais bandeiras da CIC, fosse concluída:
— A gente geralmente é lembrado quando tem mandato. Depois que deixa o mandato é natural, as pessoas esquecem. Então, fico muito feliz de receber essa homenagem que mostra um pouquinho do reconhecimento da entidade ao trabalho que fizemos e que foi um trabalho não como governador, foi um trabalho em todos os mandatos que tive. Sempre tive uma relação muito próxima com a CIC.
Rigotto também comentou temas como eleições municipais — pretende ajudar o partido a discutir o pleito, mas acredita ainda ser cedo para falar em nomes, por exemplo — e reforma da Previdência. A chance, aliás, de Estados e municípios ficarem de fora do projeto foi criticada por ele. Para Rigotto, o governo passa a impressão de que não há problema algum com essa possibilidade.
— Era a grande oportunidade de tu começar a resolver o problema da previdência de Estados e municípios. Vai ser muito mais difícil resolver após a aprovação da reforma. Vai ser muito mais difícil cada Estado buscar uma solução para o seu problema previdenciário. Parece que o governo já aceitou, já assimilou. O mais importante é passar a economia de R$ 1 trilhão em 10 anos. Acho um grande equívoco — opina, acrescentando que, no caso no RS, somente a venda das estatais não resolve o problema do caixa do Estado.
Sobre o governo do presidente Jair Bolsonaro, Rigotto considera o fim do "troca-troca" com o Congresso Nacional uma das coisas positivas que ocorreu até agora. No entanto, ressaltou que o governo precisa ainda melhorar a relação com a Câmara e o Senado.
— O governo, muitas vezes, critica o que não deve ser criticado. Dou exemplo: na votação do projeto que determinava a qualificação das agências reguladoras que, porque tem uma lista tríplice, disse que o Congresso estava tentando tirar poder dele. Acho até que o presidente Bolsonaro votou esse projeto, porque ele vem de tempos. Não é uma decisão dos atuais deputados. É um projeto antigo.