O prefeito de Caxias, Daniel Guerra (PRB), se elegeu defendendo um governo acima dos partidos políticos. Além da máxima: “Guerra não contrata amigos”. Apesar do discurso, a interferência político-partidária dentro da administração é bem evidente. O perfil do novo presidente da sigla em Caxias, Júlio César Freitas da Rosa (PRB), não nega. Ele, que já foi chefe de Gabinete e agora é secretário da Saúde do governo municipal, foi assessor político do deputado federal Carlos Gomes, presidente estadual do PRB.
Não menos importante é o fato de que todos os integrantes da comissão provisória municipal, com exceção de Elisandro Fiuza, que é vereador, têm cargo no Governo Guerra. Fiuza ocupa o cargo de segundo vice-presidente.
A primeira vice-presidente Cássia Andréa Azevedo Kuhn é procuradora-geral. A primeira secretária Carmen Silvia Scussiato Tronco é cargo em comissão padrão 8 (CC8), lotada no Gabinete do prefeito. Tibiriçá Vianna Maineri é o segundo secretário e, no município, tem o cargo de coordenador de Acessibilidade (CC6). O primeiro tesoureiro é o irmão do prefeito, o vereador licenciado e chefe de Gabinete, Chico Guerra. Já Luiz Pedro Pauletti é segundo tesoureiro no partido e coordenador de governo (CC8) na prefeitura. O secretário municipal da Habitação e coordenador de Relações Comunitárias, Claudir Antônio de Bittencourt; a assessora técnica que atua na Comunicação (CC7) Isadora Birck Guerra; e a diretora executiva da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (CC8), Marcelly de Souza Paes Felippi, são suplentes na executiva.
Freitas da Rosa contesta interferência
Freitas da Rosa contesta que a nova Executiva tenha a interferência político-partidária dentro da administração. Ele reitera que todos os cargos em comissão (CCs) da administração Daniel Guerra “foram escolhidos por seus currículos e capacidades técnicas, não sendo fator inclusivo ou excludente eventual parentesco, desde que abrigado pela lei.”
Para o novo presidente, um governo com apenas dois vereadores de situação não passaria ileso por cinco tentativas de impeachment, se não pautasse sua conduta sempre dentro da lei.
— Desafio a fazer uma comparação entre cada CC desta administração com a anterior e verificar quem tem as pessoas mais capacitadas para ocupar os cargos – diz.
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