Quando a comitiva da comissão comunitária da Festa da Uva entregou uma caixa com uvas colhidas domingo à tarde na localidade de Monte Bérico, um pacote de bolachas coloniais e um vinho, entre outros presentes que simbolizam o cotidiano de Caxias do Sul, o presidente Jair Bolsonaro não se conteve e abriu um largo sorriso. Em seguida, sinalizou que sua intenção é estar em Caxias do Sul para inaugurar a festa, no dia 22 de fevereiro, ou se fazer presente em outra data antes do encerramento marcado para 10 de março. O único porém é a cirurgia a que o presidente será submetido no dia 28 de janeiro. O encontro durou 10 minutos na tarde desta segunda-feira (14), mas o suficiente para causar uma boa impressão entre as soberanas da Festa da Uva e a presidente da comissão comunitária, Sandra Mioranzza Randon.
— Foi uma recepção muito boa, excelente, fomos extremamente bem recebidas. Ele estava muito receptivo. A gente sabe que a agenda é extremamente complicada, tem vários compromissos seguidos. Ficou muito surpreso, pois levamos nossos presentes. Nós comentamos que a tradição da comitiva é sempre convidar os presidentes para participarem da Festa da Uva. Ele ficou muito contente com o convite e disse que "se é tradição, vamos mantê-la". Só que ele precisa nos responder depois da avaliação de pós-cirurgia se vai estar presente ou não — detalha Sandra.
Como a inauguração está prevista para as 11h do dia 22 de fevereiro, o presidente acredita que seria possível estar em Caxias no horário e voltar a Brasília no mesmo dia.
Bolsonaro também conversou sobre a tributação do vinho e demonstrou interesse pelo atual cenário da agricultura na cidade.
_ Ele falou que pretende, se não for na abertura, estar na cidade em algum momento durante a festa. O objetivo, segundo o presidente, é estar mais próximo da nossa região, tanto que perguntou para mim e para as soberanas sobre a tributação das empresas, das vinícolas, do trabalho dos agricultores. Ele pretende trazer uma equipe para auxiliar esse processo, pois entende que a nossa região é extremamente importante para o país _ complementa Sandra.
Sem celulares, sem selfies
A recepção à comitiva da Festa ocorreu no gabinete da presidência. Como é de praxe, as soberanas e Sandra passaram pelo detector de metais e tiveram que deixar os celulares no lado de fora para ter acesso a Jair Bolsonaro. Por isso, não foi possível fazer fotos ao lado do presidente além das oficiais, que foram produzidas pela assessoria do Palácio do Planalto.
— Nesse momento estão restringindo a entrada de qualquer aparelho celular — revela Sandra.