Rendeu explicações na sessão desta quarta-feira da Câmara o apoio anunciado do vereador Renato Nunes (PR) à reeleição do governador José Ivo Sartori (MDB), seguindo decisão da convenção estadual do partido, na segunda-feira. Na sessão de terça, Nunes havia admitido o apoio.
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– Missão dada é missão cumprida – disse.Ontem, Nunes pediu uma “declaração de líder” , como líder do PR, para discorrer sobre sua posição, e enfatizou as distinções entre as situações local, estadual e federal.
– Eu não sou escravo de ninguém. Eu decido. Não voto a cabresto de ninguém (no caso, do próprio partido). Se eu quero acompanhar (a decisão do PR), eu acompanho. Levou, porém, um contra-ataque do vereador Renato Oliveira, do PCdoB.
Pedindo um aparte a outro vereador para voltar ao tema, Oliveira desferiu:
– Eu quero saber qual é o vereador (que vale). É o de ontem, ou é o de hoje?Referia-se à dúvida entre o vereador a quem “missão dada é missão cumprida” ou aquele que não vota “a cabresto” do partido. Isto é, missão dada é missão cumprida, mas depende de qual missão.
"Missão impossível"
Nunes respondeu a Renato Oliveira:– Eu cumpro (decisões partidárias) com a liberdade na alma. Em nível federal, já é outro papo. Eu vou apoiar quem eu quiser.Nunes vai apoiar Jair Bolsonaro (PSL). Porém, o PR, que integra o grupo de partidos chamado Centrão, já decidiu pelo apoio ao candidato tucano Geraldo Alckmin para presidente.
– Em nível federal, sinto muito. Esta missão é impossível – reiterou Nunes.
Missão para Guerra
Ao desprezar a decisão do PR nacional de apoiar Alckmin, Renato Nunes deixa explícito o desapego às instituições partidárias.
O prefeito Daniel Guerra (PRB), que também tem desapego a partidos, apesar de ser filiado ao PRB, ainda não abriu voto para presidente. Porém, convenção nacional da legenda, realizada ontem em Brasília, lhe dá um caminho. O PRB também decidiu pelo apoio a Geraldo Alckmin.Guerra vai respeitar a decisão de seu partido? Ou também vai considerar essa uma “missão impossível”?