As mudanças na Festa da Uva 2019 centralizaram as manifestações na sessão da Câmara de Vereadores desta quarta-feira. E não é à toa. A seis meses da realização do principal evento de Caxias do Sul, mesmo já tendo sido adiada por um ano, as indefinições causam apreensão. A realização ou não das tradicionais Olimpíadas Coloniais e a possível mudança de formato é uma delas.
O vereador Rafael Bueno (PDT) classificou de palhaçada e desperdício do dinheiro público a realização de apenas dois desfiles cênicos no Centro — o primeiro e o último. Ele ressaltou que será alugado palco, banheiro, som, luz, arquibancada e ficará um mês sem aproveitamento.
— Tem que ser toda semana, porque é onde o pobre pode participar da Festa da Uva.
As críticas foram além:
— Não vai ter as olimpíadas coloniais que retratam a imigração italiana, não tem queijo, porque estão fechando todas as nossas agroindústrias. Não tem história, porque o Som e Luz não vai funcionar. E não tem réplica para as pessoas visitarem, porque estão fechadas.
Adiló Didomenico (PTB) referiu-se à degustação de uvas já na entrada do parque, e não mais apenas no subsolo do Pavilhão 2. Lembrou que atuou em seis edições e destacou que o local foi escolhido porque o volume é muito grande e todas as noites aquele espaço tem que ser lavado.
— Isso (degustação), na entrada, vai criar confusão. Vai ter que ser montada uma superestrutura para a limpeza. Eu vejo uma questão um pouco temerosa nessas experiências que o pessoal quer fazer para mudar.
Velocino Uez (PDT) ressaltou que se a Olimpíada Colonial não for nos distritos não é colonial e tem que mudar o nome.
Felipe Gremelmaier (MDB) se disse apavorado com a situação envolvendo a Festa e as incertezas.
— Ninguém sabe o que vai acontecer.