O terceiro pedido de impeachment do prefeito Daniel Guerra (PRB) foi protocolado por volta das 14h55min desta segunda-feira. Um homem e uma mulher que não quiseram se identificar à reportagem oficializaram a entrega do documento. Eles representam um grupo de 29 pessoas, mas também não informaram o motivo do impedimento.
O homem disse apenas que representa o segmento da cultura e é ex-filiado ao PRB, mesmo partido de Guerra.
— O prefeito tem que cumprir a lei (Financiarte) — resumiu o homem.
Quem assina o pedido:
Aladia Fortuna Peccin, Alexandro Pires de Souza, Aline Berenice Gonçalves Ferreira, Aline Fernanda Zilli, Augusto César Alves da Silva, Camila Calegari de Blanco, Eleni Rosa Semeler, Elizabeth Teresa Bernardo Borges, Elisângela da Silva Ribas, Fernando José Ferreira Weber, Flávia Angelina Cislaghi, Helenice Pereira dos Santos Mello, Janio Pereira Nunes, José Otílio Pretto, Rosemar da Silva Dias, Sérgio Antônio Cemin, Silvana Piccoli, Tatiana Furlan, Tatiana Trindade, Terezinha Tomazia da Silva Scheidt, Luan Moraes da Luz, Luciano Balen, Luís Carlos Ferreira Júnior, Luiz Pizzetti, Marciano Correa da Silva, Marcos Wilson da Silva, Marinês Paternoster, Necimara de Quadros de Brito e Paloma Erthal.
Relembre os outros dois pedidos:
25 de agosto: O bacharel em Direito João Manganelli Neto protocolou na Câmara de Vereadores pedido de impeachment. A denúncia por infrações político-administrativas e crime de responsabilidade teve como base quatro pontos: violação de decisões judiciais acerca da questão do vice-prefeito Ricardo Fabris de Abreu (sem partido), violação da autonomia do Legislativo com a nomeação do líder do governo Chico Guerra (PRB) para compor a comissão que discute a ocupação da Maesa, violação de direitos sociais na manifestação desta semana, que terminou em confronto entre a Guarda Municipal e moradores, e a quebra de decoro quando o prefeito, por exemplo, ataca agentes políticos da cidade.
5 de setembro: Os vereadores rejeitaram por unanimidade a admissibilidade da denúncia de impeachment.
19 de setembro: O vice-prefeito de Caxias do Sul, Ricardo Fabris de Abreu (PSD), protocolou a segunda denúncia contra Guerra por infrações político-administrativas, crime de responsabilidade e ato de improbidade. Segundo a denúncia, Guerra teria cinco atos ilegais: a comunicação de extinção do mandato do vice-prefeito interferindo da competência da Câmara de Vereadores; a ação judicial declaratória de extinção do mandato do vice e expediu ordem de serviço declarando a nulidade de atos do vice, descumprindo ordem judicial, a omissão em providenciar estrutura administrativa, física e de pessoal para o gabinete do vice e não responder a memorando de Fabris sobre 43 assuntos relevantes ao município.
26 de setembro: O segundo pedido de acolhimento de impeachment do prefeito Daniel Guerra (PRB) foi rejeitado por maioria de votos (16 a 5). A divulgação e a repercussão negativa do encontro de vereadores com o presidente o ex-presidente do PSD, Sérgio Augustin, no dia 24 à noite, fez alguns parlamentares de oposição mudar o voto.