Lideranças de diferentes áreas foram convidadas a avaliar o governo do prefeito Alceu Barbosa Velho. Confira o que eles dizem:
Nelson Sbabo, presidente da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços (CIC) de Caxias do Sul
"O prefeito Alceu foi um parceiro da CIC, sempre esteve presente, sempre valorizou muito o nosso trabalho e, principalmente, se empenhou em conseguir que se realizasse tudo aquilo que tínhamos como prioridade em infraestrutura, e vou citar como exemplo o aeroporto de Vila Oliva. Só posso dizer que ele foi um grande parceiro como prefeito de Caxias do Sul. Para não dizer exageradamente, mas dá pra dar uma nota 10."
Pablo Cesar Uez, vice-presidente da Associação de Engenheiros, Arquitetos, Agrônomos, Químicos e Geólogos de Caxias do Sul (Seaaq)
"Na questão da mobilidade urbana, foi um governo que teve isso como uma preocupação. Acho que acertou bastante na implementação do SIM Caxias, principalmente no transporte público de massa, que é o ônibus. Buscou meios consolidados e tecnicamente comprovados mundo afora para melhorar o transporte. Acho que ficou devendo um pouquinho na questão da bicicleta, acredito que seria uma etapa posterior. Primeiro, tu tens que resolver um problema que é comum a todos e o ônibus atende a uma parcela muito maior da população. A bicicleta tem um pouco mais restrito o uso. A gente vê também alguns problemas de calçada, mas ele pelo menos tocou no assunto, pontuou todos esses quesitos que fazem da mobilidade urbana esse conjunto que ela é."
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João Dorlan, presidente do Sindicato dos Servidores Municipais (Sindiserv)
"A nossa avaliação do governo Alceu é negativa. Lamentavelmente, um governo que assinou um acordo com o sindicato (Sindiserv), que iria fazer o plano de carreira. Constituiu comissão paritária, trabalhamos mais de dois anos nessa comissão e ele simplesmente descartou a nossa proposta e levou em conta a proposta de uma empresa contratada a peso de ouro. Só que aquele plano não era um plano de carreira, era uma reforma administrativa e estaria, inclusive, tirando direitos dos servidores. Nós elaboramos uma proposta e entregamos no final de 2015 e até hoje não tivemos resposta. O que a gente sabe é que arquivaram a proposta. Não só isso, ele deixou passar a oportunidade de fixar em lei a trimestralidade. Nesses quatro anos, só tivemos dois com ganho real. Nesse conjunto, tem mais pontos negativos que positivos. Só tem três itens que posso apontar como positivos: a lei do assédio moral, a lei que estendeu direitos do difícil acesso para o quadro geral e a lei que estende as férias dos professores. Mas, no conjunto, não foi positivo. Inclusive, o prefeito teve falas muito infelizes. Ele acabou, em alguns momentos, em vez de valorizar os servidores, depreciando e apontando que os servidores teriam privilégios."
Flávio Fernandes, presidente da União das Associações de Bairros (UAB)
"Acho que, na medida do possível, foi uma boa gestão. A gente entrou num período complicado na cidade, muitas coisas não deu para fazer, algumas obras ficaram por fazer porque não teve recursos. A gente teve que abrir mão de algumas coisas para o investimento em saúde no Hospital Geral e no Pompéia. Foram aplicados numa prioridade. A gente entende que o país passa por um momento complicado. Mas, mesmo assim, a gente conseguiu fazer obras grandes, como o SIM Caxias. A gente sempre apoiou, porque entendia que era necessário. Para quem anda de ônibus, melhorou."
Paulo Cardoso Alves, presidente do Conselho Municipal da Saúde
"Considero a administração do Alceu na área da saúde muito boa. É lógico que teve vários empecilhos, mas foi uma gestão que trabalhou de forma coerente com a realidade, não deixando de lado o usuário do SUS. Entrou essa crise no governo do Estado e no governo federal e foram passados menos recursos. Ele terminou a UPA, a única questão é que estão faltando profissionais. Ele não deixou de lado as UBSs. Na questão da Estratégia da Saúde da Família, ele adequou de acordo com a realidade. Ele teve que reduzir as horas extras das UBSs, mas tudo conversado com a comunidade, com o Conselho de Saúde. Foi uma gestão que respeitou o controle social. A própria secretária Dilma (Tessari) vai fazer uma falta enorme, porque ela foi totalmente humana. O Hospital Geral e o Hospital Pompéia tiveram recursos do município. Teria sido um caos se a prefeitura não tivesse investido esses recursos a mais."