O governador José Ivo Sartori criticou, na manhã desta sexta-feira, a ameaça de paralisação de servidores da segurança pública do Estado ocorrida na última quinta-feira, mas que acabou contornada por uma estratégia traçada pela cúpula da área que acabou colocando mais policiamento em alguns pontos da Capital. No evento de lançamento da 39ª Expointer, em Esteio, Sartori ressaltou que o parcelamento de salários que motivou o protesto não é vontade do governo, mas uma imposição diante da situação crítica das finanças gaúchas.
Para Sartori, a mobilização de entidades sindicais ligadas à segurança teve conotação política e teve como efeito espalhar temor na população. Devido às dúvidas quanto à segurança na quinta-feira, bancários tentaram na Justiça impedir que agências abrissem, escolas tiveram presença facultativa e estabelecimentos comerciais e restaurantes de Porto Alegre contabilizaram queda no movimento.
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– A gente sabe das vinculações de alguns dirigentes, que irresponsavelmente, inclusive, provocaram manifestações de preocupação em toda a sociedade gaúcha – disse o governador, criticando a forma como o protesto foi planejado e ressaltando que a estratégia da BM, da Polícia Civil e de outros órgãos da segurança traçada para quinta-feira teve como objetivo "impedir a criminalidade".
Sartori ressaltou ainda que, ao lado dos professores, servidores da segurança foram os únicos, no Executivo, a receberem aumento de salário durante o seu governo, pagando reajustes concedidos pela gestão Tarso Genro. Mesmo assim, disse Sartori, o Piratini se manterá fiel à meta de tentar buscar o equilíbrio financeiro do Estado.
– Depois de dois anos, também fizemos promoções na BM e na Polícia Civil – completou Sartori, que durante a cerimônia fez saudação especial ao secretário da Segurança, Vantuir Jacini, ao chefe da Polícia Civil, Emerson Wendt, e ao comandante da BM, Alfeu Freitas Moreira.