A Comissão de Direitos Humanos (CDH) da Assembleia Legislativa esteve na tarde de quinta-feira, no 12º Batalhão de Polícia Militar (12º BPM), em Caxias do Sul, para ouvir o depoimento de professores, pais e alunos do Instituto Estadual de Educação Cristóvão de Mendoza sobre a confusão ocorrida no dia 30 junho. Na ocasião, 14 estudantes e 12 professores foram levados à Polícia Civil. Os professores registraram ocorrência por ameaça e desacato contra os alunos. Dois estudantes denunciaram a Comissão terem sido agredidos por policiais militares no dia do conflito.
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Segundo o deputado Pedro Ruas (PSOL), havia cerca de 15 pessoas para prestar depoimento, mas apenas a diretora da escola, Fabiana Simonaggio, conseguiu depor. Os outros professores preferiram não prestar depoimento pois haviam estudantes, vereadores e as outras pessoas.
– Os professores se sentiram constrangidos para prestar depoimento em um local aberto ao público. A vice-diretora (Karen Abreu de Oliveira) estava prestando depoimento, mas teve sua fala interrompida por uma pessoa que insistiu que o local não era apropriado – disse o deputado.
Ruas afirmou que a CDH está disposta a ouvir todos os interessados a depor nas quarta-feiras na Assembleia, em horário marcado ou ainda em uma nova reunião a ser agendada em Caxias.
– Os depoimentos não são obrigatórios. Não trabalhamos com os depoimentos coercitivos. A Comissão está à disposição para ouvir a todos em Caxias ou na Assembleia – disse.
O comandante do 12º BPM, tenente-coronel Ronaldo Buss, disse que uma sindicância está em andamento para apurar a suposta agressão aos estudantes.