O PMDB e o PP manifestaram-se nesta quinta-feira após o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Gilmar Mendes, ter autorizado a abertura de processos de investigação eleitoral contra as legendas por, supostamente, terem recebido propina disfarçada em doações eleitorais declaradas oficialmente.
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Os dois partidos negaram o recebimento de propina. Em nota, o PMDB disse que "sempre" arrecadou recursos seguindo os parâmetros legais vigentes no país.
"Em todos esses anos, após fiscalização e análise acurada do Tribunal Superior Eleitoral, todas as contas do PMDB foram aprovadas, não sendo encontrado nenhum indício de irregularidade", diz o comunicado.
O PP também divulgou nota na qual diz que "não compactua com ilegalidades" e tem "todo interesse no esclarecimento dos fatos."
As investigações têm como base informações obtidas em depoimentos de delação premiada de envolvidos na Operação Lava-Jato. Os pedidos foram feitos pela ministra Maria Thereza de Assis Moura, após receber informações remetidas pelo juiz Sergio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, responsável pela Lava-Jato. A ministra também já havia pedido investigação do PT.
Se comprovadas as acusações de recebimento de propina disfarçada de doações eleitorais declaradas oficialmente, as legendas podem ter o registro na Justiça Eleitoral cancelado e ficarão impedidas de disputar as eleições.
*Agência Brasil