Faltando exatos três meses para a eleição para prefeito, em 2 de outubro, o cenário ainda é de indefinições quanto ao número de candidaturas e os nomes de candidatos a prefeito e vice que integrarão as chapas majoritárias em Caxias do Sul. Nenhuma das coligações tem a dobradinha de prefeito e vice definida.
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Com 293.394 mil eleitores aptos a votarem, segundo dados do Cartório Eleitoral, Caxias deve ter seis candidaturas, mas somente quatro partidos já definiram os nomes dos pré-candidatos a prefeito. A novidade pode ser o PP, que balança entre uma candidatura própria e o apoio ao PDT (leia o texto abaixo, à direita). Caso decida por concorrer, seriam sete os candidatos.
Edson Néspolo lidera a coligação do governo com o vice do PMDB agora confirmado e deve receber o apoio de 20 siglas. O vereador Daniel Guerra (PRB) vai compor com o PR, PEN e o PSL. PCdoB e Rede também se definiram por candidatura própria – os pré-candidatos são, respectivamente, o ex-deputado federal Assis Melo e o ex-vereador Vitor Hugo Gomes. O PSOL terá candidato próprio. Os nomes cogitados são os de Francisco Corrêa e Luís Fernando Possamai. Já a situação do PT é a mais incerta. O deputado federal Pepe Vargas é o mais cotado. A sigla ainda abre a porta para a hipótese de apresentar um vice para formar chapa com Assis Melo.
Enfim, agora está confirmado: PDT e PMDB vão repetir a dobradinha vitoriosa de 2012, porém o pré-candidato a prefeito é outro. Néspolo, que teve o nome lançado pelo prefeito Alceu Barbosa Velho, aguarda os peemedebistas confirmarem o nome do pré-candidato a vice. O vereador Edson da Rosa corre na frente e há bastante tempo trabalha para emplacar a dobradinha com Néspolo. O vice-prefeito Antonio Feldmann não descarta a hipótese de concorrer novamente, mas prefere consultar o grupo que o apoia.
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Vários caminhos na oposição
O PCdoB foi o primeiro partido de oposição a manifestar o interesse de ter candidatura própria. O nome de consenso é do ex-deputado Assis Melo. Em janeiro deste ano, os comunistas formalizaram a saída do governo Alceu. Os comunistas estão dispostos a conversar com o PT, mas para receber apoio à candidatura de Assis. A Rede também terá candidato próprio. O advogado Vitor Hugo Gomes é o pré-candidato da sigla, que participará pela primeira vez de uma eleição municipal. O nome do candidato a vice, que deverá ser da própria Rede, ainda não está definido.
A candidatura a prefeito do vereador Daniel Guerra (PRB) é envolvida em mistérios. Assim como foi na eleição para deputado estadual, Guerra trata sobre a disputa eleitoral com muita cautela e longe dos holofotes da imprensa. O PRB deve contar com o apoio do PR, PEN e do PSL.O PSOL vai definir seu candidato à majoritária entre Francisco Corrêa e Luís Fernando Possamai. A intenção é ter o nome definido antes da convenção.
A pior situação é a do PT. A sigla não definiu seu rumo: se opta por ter candidato próprio ou uma coligação com o PCdoB. Na manhã de quinta, as principais lideranças petistas se reuniram e vão propor a construção de uma frente de esquerda com a participação de PCdoB e PSOL. O gesto político com a intenção de criar um “frentão” de esquerda é sair do isolamento e sugerir o nome de Pepe Vargas para a cabeça de chapa, revela uma liderança do partido.
Pepe continua sendo a principal opção e unanimidade na legenda. Caso ele decline, a alternativa para a hipótese de o partido confirmar uma candidatura própria é o vereador Rodrigo Beltrão. Marcos Daneluz, que concorreu na eleição de 2012, pleiteia ser vice de Pepe.
– Não temos candidato e nosso plano de governo é para inglês ver – critica um filiado para resumir a situação da sigla.
PP pode ser a 7ª alternativa
A surpresa desta eleição pode ficar por conta da candidatura própria do PP. Apesar da forte tendência em continuar na coligação PDT/PMDB, a maioria do diretório progressista tem dado sinais de que é a favor de apresentar um candidato a prefeito. A primeira opção é o vereador Guila Sebben.
– A candidatura própria ganhou força dentro do diretório e com os pré-candidatos a vereador. Essa é uma campanha diferente e ainda dá tempo para planejar. Temos experiência e gente capacitada para construir um plano de governo – disse.
Desde o ano passado, quando deixou o PT, o empresário Ovídio Deitos é cotado para concorrer à prefeitura, mas o nome encontra resistência dentro do partido.
– É muito difícil trabalhar com o PDT. Com raras exceções, eles não se comunicam. Nosso nome (para concorrer a prefeito) é o Guila. O Ovídio Deitos é do PT – disse outro filiado.
Na próxima semana, o presidente do PP, Selvino Segat, deve se reunir com os presidentes do DEM e do PSDB para tratar sobre uma possível coligação para a majoritária.
OS CAMINHOS POSSÍVEIS
Governo – Edson Néspolo (PDT) e vice do PMDB. O vereador Edson da Rosa trabalha para ter seu nome indicado. O vice-prefeito Antonio Feldmann não descarta ficar à disposição. Partidos confirmados na aliança: PSB, PTB e o grupo dos 8: PPS, PMN, PSDC, PTC, Solidariedade, PRP, PHS e PPL. O chamado G4 (DEM, PSDB, PSD e PSC) e o G3 (PV, PROS e PTN) são próximos da candidatura. O PTdoB também deve integrar a aliança.
Oposição 1 – Daniel Guerra (PRB). O partido conta com o apoio do PR, PEN e PSL.
Oposição 2 – Assis Melo (PCdoB). Por ora, o vice sairá do próprio partido.
Oposição 3 – Vitor Hugo Gomes (Rede). O vice será do próprio partido.
Oposição 4 – O PSOL vai decidir entre os nomes de Francisco Corrêa e Luís Fernando Possamai.
Oposição 5 – O PT pretende construir a pré-candidatura do deputado federal Pepe Vargas a prefeito, com Assis Melo pré-candidato a vice. Pepe também pode compor com o ex-deputado estadual Marcos Daneluz. Na hipótese de que Pepe desista de concorrer e o PT não coligue, o vereador Rodrigo Beltrão é uma alternativa.
Sétima via? – O PP pode apresentar candidatura própria com o vereador Guila Sebben ou permanecer na coligação com o PDT.
Horado voto
A eleição em primeiro turno será no dia 2 de outubro, dentro de três meses. Em caso de necessidade de segundo turno, ele será realizado em 30 de outubro.
FIQUE ATENTO
ELEITORADO CAXIENSE
293.394 eleitores
CALENDÁRIO
20 de julho a 5 de agosto Período no qual os partidos estão autorizados a promover convenções para a definição dos candidatos.
15 de agosto Final do prazo para os partidos políticos e coligações registrarem seus candidatos.
16 de agosto Está autorizada a propaganda eleitoral.
26 de agosto Começa a propaganda eleitoral gratuita através do rádio e televisão.