O empresário de Caxias do Sul, Nei Renato Isoppo, 49 anos, preso em 29 de abril pela Operação Concutare, deflagrada pela Polícia Federal, diz que o motivo de sua detenção foi por tentar auxiliar uma mineradora da cidade de Paraí a conseguir documentação junto ao Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) e, assim, entrar em funcionamento. Isoppo foi indiciado por corrupção passiva para emissão de título minerário em favor do proprietário da mineradora.
Ele está enquadrado no artigo 317 parágrafo 1º do Código Penal, combinado com os artigos 29 e 30, que prevê pena de dois a 12 anos de prisão. O processo foi remetido ao Ministério Público, que decidirá se oferece ou não denúncia à Justiça Federal.
Proprietário da Água Mineral Boca da Serra, localizada em Vila Seca, Isoppo diz que sua empresa não consta no processo e está isenta das investigações sobre crime ambiental.
- A Polícia Federal fez uma investigação sobre a minha pessoa, particular. A Boca da Serra sequer foi citada no inquérito. A empresa foi julgada pela mídia muito injustamente, como se tivesse feito um crime ambiental, que jamais houve, talvez pela falta de mais precisão de informações - afirma o empresário.
Os contatos de Isoppo sobre a documentação foram com um geólogo que trabalha para a Boca da Serra e o irmão dele, funcionário do DNPM. Os dois também foram presos na Operação Concutare.
- O que aconteceu é que eu, a partir do comentário de uma funcionária da Boca da Serra, tive a intenção de querer ajudar a conseguir uma guia de arrecadação para poder explorar uma pedreira (de Paraí), que hoje trabalha manualmente. Pedi as orientações ao meu geólogo sobre quais eram os documentos que estavam faltando para que pudesse operar - conta Isoppo.
A funcionária citada pelo empresário é irmã do proprietário da mineradora e deixou de trabalhar na Água Mineral Boca da Serra logo após a Operação Concutare.
Polícia Federal
Empresário de Caxias do Sul fala sobre a prisão pela Operação Concutare
Nei Renato Isoppo diz que envolvimento foi por tentar ajudar mineradora de Paraí. Indiciado por corrupção passiva, ele ressalta que a empresa Água Mineral Boca da Serra não consta no processo
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