Assim como fez com o pedágio de Carazinho no início deste mês, a Procuradoria Geral do Estado tenta reverter a liminar que autorizou até dezembro a permanência da Convias no Polo de Caxias do Sul. Essa é a data considerada original do fim dos contratos. A decisão da Justiça Federal diz que a concessionária somente não ficará até a data caso o Estado faça o pagamento de indenização, mas não estipula o valor. O revés indignou os moradores da Serra, que já contavam com a eliminação de todas as praças em abril.
Na Interiorização do Governo do Estado em São Francisco de Paula, nesta quinta-feira, o governador Tarso Genro garantiu que o Estado irá recorrer, mas afirmou que o esforço do governo é pela mudança de modelo, com a substituição da concessão privada pelo controle da Emprega Gaúcha de Rodovias.
- Na nossa interpretação dos contratos, é essa a data do fim (abril). Se houver alguma dilatação judicial dos prazos, tudo bem, faz parte da democracia - minimizou.
O presidente da Assurcon, a Associação dos Usuários de Rodovias Concedidas da Serra, Juarez Colombo, está confiante na suspensão da liminar. Ele defende que as concessionárias não cumpriram as exigências do contrato com o Estado e, por isso, não têm direito a explorar a estrada até o fim do ano.
Na segunda-feira, o Tribunal de Justiça também concedeu liminar à Brita Rodovias, do Polo de Gramado, determinando que o Estado pague indenização à empresa em 30 dias. Em paralelo a decisão provisória, a Agergs decide hoje à tarde a nova tarifa da praça de Gramado. O valor proposto pelo governo é de R$9,50, mas ainda existe um impasse sobre o tempo de permanência da praça.
Fim das concessões
Governo do Estado deve entrar com recurso contra liminar que mantém polo de pedágios de Caxias do Sul
Justiça Federal autorizou funcionamento até dezembro
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