Ao lado dos arranjos políticos, o prefeito José Ivo Sartori (PMDB), 64 anos, acredita que o trabalho da administração ajudou nas urnas. Seu governo tem 66% de aceitação. O resultado dos passos precisos e de uma costura partidária com 17 siglas lhe rendeu, no domingo, mais uma eleição.
Pode-se dizer que a vitória de Alceu Barbosa Velho (PDT) à prefeitura e de Antonio Feldmann (PMDB) como vice foi construída a partir de um anseio de Sartori. O político, que costuma ter a imagem associada ao colono e admite ser turrão e avesso à imprensa, não temeu os riscos.
Desafiou a própria legenda, sugerindo um nome de outra sigla à cabeça de chapa. Com isso, o PMDB perdeu a chance de, pela primeira vez, assegurar, por três mandados consecutivos, o posto mais alto do município.
Por outro lado, garantiu a cadeira de vice. Mesmo que Sartori diga que os dois nomes foram definidos pelos partidos, simbolicamente o prefeito abriu espaços na administração para Alceu e Toninho, como Feldmann também é chamado, ganharem visibilidade. Experiente no jogo político, Sartori esperou o último limite para anunciar o sucessor. E o limite foi a Festa da Uva 2012. Até hoje, apesar de correligionários insinuarem o contrário, Sartori nega interferências, mas não deixa de reconhecer a simpatia pela dupla eleita:
- Preciso explicar sempre, pois as pessoas interpretam à sua maneira. Desejei a construção do terceiro andar e deixei liberdade para os partidos construírem as candidaturas. Eles que escolheram e não o prefeito. Defendi a unidade, e o Alceu e o Toninho concretizaram a minha solicitação.
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Costura partidária com 17 siglas lhe rendeu, no domingo, mais uma eleição
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