A Justiça transferiu para o dia 18 de junho o julgamento de Tiago Alexandre dos Santos Cassemiro, Rudinei Obregon dos Santos, Ricardo dos Santos Machado e Felipe Alves da Silva. A mudança de data foi confirmada nesta sexta-feira (15).
Os homens são acusados de matar Vanessa Silvestre Lisot, 37 anos, e Adriano Camargo Leopold, 28, em Santa Lúcia do Piaí, interior de Caxias do Sul, no dia 5 de abril de 2021. Eles respondem por homicídio qualificado, ocultação de cadáver e posse de armas.
Este é o segundo adiamento do julgamento do duplo assassinato. Inicialmente, a sessão estava marcada para setembro de 2023, mas foi cancelada após um pedido da defesa e agendada para ocorrer na próxima terça (19). Entretanto, o defensor público, que representa acusados no processo, tem outro júri, em Porto Alegre, também na próxima terça. Por esse motivo, a data precisou ser trocada para 18 de junho.
Relembre o caso
Segundo a denúncia do Ministério Público (MP), Vanessa e Rudinei tiveram um relacionamento entre o final de 2020 e o começo de 2021. Na época, a mulher teria emprestado ao companheiro R$ 100 mil. Após o término, ela fez cobranças referentes ao valor e Rudinei começou a ameaçá-la de morte. A partir disso, o ex-companheiro teria pago Cassemiro, Machado e Silva para matar a mulher.
No dia 5 de abril de 2021, Rudinei e os outros três réus foram até a casa de Vanessa, em Capela São Paulo. No local, a mulher estava acompanhada de Leopold e o filho adolescente. Os quatro renderam o casal e colocaram o filho em um dos quartos. Adriano Camargo Leopold foi alvejado e, conforme a denúncia, ainda vivo, foi jogado no porta-malas do carro de Vanessa.
O filho da mulher teria ouvido o disparo e percebido que os réus saíram com o carro da família. Depois disso, o adolescente saiu do quarto e foi até a casa do pai de Vanessa pedir ajuda.
Enquanto isso, o grupo seguiu até a Estrada Nossa Senhora de Caravaggio da 6ª Légua, também no interior de Caxias, e no local tiraram o corpo de Leopold do carro e o mataram. Em seguida, atiraram em Vanessa e jogaram os corpos dos dois em um barranco. O carro foi incendiado nas margens do local na mesma noite do crime.
No dia 11 de abril, Felipe Alves da Silva foi preso com um revólver calibre .38 e com numeração raspada. Os outros envolvidos foram identificados e presos dias depois. Todos aguardam o julgamento presos.