Um homem de 44 anos foi condenado a 24 anos e seis meses de prisão em regime fechado pela morte a tiros da companheira. O caso ocorreu em 2019, na cidade de Bom Jesus. Vilmar Antunes Prado foi sentenciado na sexta-feira (22), no foro da cidade, por homicídio com três qualificadores: motivo torpe, recurso que dificultou a defesa e feminicídio. Ele não poderá recorrer da decisão em liberdade.
Gabrielle Paim da Silva tinha 18 anos quando foi assassinada na noite de 28 de julho. De acordo com a denúncia do Ministério Público (MP), a motivação do crime foi o rompimento do relacionamento que Vilmar e Gabrielle mantinham. Ainda conforme o MP, o homem inicialmente atacou a mulher na rua, que conseguiu se refugiar em casa. O homem, então, arrombou a porta da residência e seguiu com agressões, antes de atirar. A vítima conseguiu sair do imóvel, mas foi novamente atingida, e morreu.
Durante o relacionamento, o casal teve uma filha, que na época do crime tinha oito meses. De acordo com relato do delegado responsável pelo caso em 2019, Carlos Alberto Defaveri, o bebê foi retirado da residência pelo pai antes de efetuar o crime. Após assassinar a ex-companheira, Prado fugiu do local.
Durante o júri, foram ouvidas cinco testemunhas além do próprio réu, que confessou o crime, atribuindo a conduta ao "medo de sofrer represália pela vítima e de ter a filha retirada de sua companhia", segundo o Tribunal do Júri da Comarca de Bom Jesus. O julgamento foi presidido pelo juiz Fernando Gustavo Meireles Baima.
A reportagem não conseguiu localizar a defesa do réu até a publicação desta reportagem.