O Conselho Municipal de Educação determinou o fechamento, de forma cautelar e por tempo indeterminado, de uma escola de educação infantil de Serafina Corrêa, após denúncias de tortura e maus-tratos contra alunos. Na última quinta-feira (25), duas diretoras da instituição, que é privada, foram presas pela Polícia Civil.
De acordo com a presidente do conselho, Susana De Pauli, a medida se justifica por duas razões: "a necessidade de adotar medidas preventivas para garantir a segurança e o bem-estar dos alunos" e porque "a instituição está atualmente sem ocupantes nas funções essenciais de diretora, vice-diretora e coordenadora pedagógica".
As identidades das mulheres presas e da creche não foram divulgadas pela polícia porque isso poderia expor as crianças. O g1 tentou contato com a instituição por telefone e pela internet na manhã desta segunda-feira (29), mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem.
A Polícia Civil diz que as duas mulheres permanecem presas preventivamente. Elas estão no Presídio Estadual de Guaporé. A medida foi adotada como forma de cautela para que as diretoras não continuassem as agressões e não atrapalhassem as investigações.
Acolhimento
O Ministério Público (MP) instaurou um procedimento para acompanhar o caso junto com a Polícia Civil e com o Conselho Tutelar. O promotor Bruno Bonamente conta que o primeiro passo é "dar início ao acompanhamento das vítimas e de seus familiares".
Relembre o caso
Duas mulheres, de 26 e 28 anos, foram presas preventivamente nesta quinta-feira (25) em Serafina Corrêa. Elas são diretoras da escola de Educação Infantil Ludicamente localizada no centro da cidade. As duas são suspeitas de praticarem maus-tratos e tortura, mediante castigo, contra crianças com idades entre sete meses e quatro anos.
Segundo a investigação da Polícia Civil, os crimes teriam sido cometidos nos anos de 2022, 2023 e 2024. Com isso, a polícia solicitou as prisões preventivas ao Poder Judiciário de Guaporé e teve o pedido deferido. Elas foram encaminhadas ao Presídio de Guaporé.
O delegado de polícia Juliano Goelzer, titular da delegacia de Serafina Corrêa, não detalhou o caso, mas, afirmou que as investigações continuam.