A empresa Táxi Aéreo Hércules confirma que a aeronave alugada para trazer drogas do Paraná para Caxias do Sul foi liberada pela Polícia Federal (PF) na última terça-feira (30) e voltou a operar normalmente. O avião, modelo King Air C-90, foi apreendido no Aeroporto Regional Hugo Cantergiani, dia 24 de outubro, após chegar da cidade de Umuarama (PR) com cerca de 35 quilos de cocaína. A aeronave era alugada por outra empresa para o transporte de um passageiro de 29 anos, morador de Porto Alegre.
O gerente comercial da Hércules, Jair José Pinzetta, explica que há 20 anos a empresa atua com transporte aeromédico, executivo, de cargas e hangaragem, além de prestar atendimento a aeronaves. Neste caso específico, segundo Pinzetta, a Hércules foi contratada por uma empresa do segmento elétrico. Como de praxe, foi feito um cadastro completo e de prestação de serviços e exigido o pagamento antecipado do serviço, com a emissão da nota fiscal. O valor não foi divulgado, assim como não houve confirmação se a mesma empresa já havia contratado o serviço anteriormente.
No dia do voo, o homem embarcou em um aeroporto de pequeno porte em Umuarama. Pinzetta reforçou que de "forma indiscriminada e sem o total conhecimento da empresa o passageiro embarcou em bagagem pessoal com material ilícito". O gerente afirma ainda que a Hércules tem política de segurança com a bagagem dos passageiros:
— Temos todas as políticas obrigatórias da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil). Porém, em aeroportos menores, desprovidos de raio X (como o de Umuarama), nenhum operador pode solicitar a abertura da bagagem do passageiro. No entanto, fizemos a identificação da bagagem (etiquetagem) e a conferência dos documentos informados pelo contratante.
Diante do flagrante do crime, a aeronave ficou retida em Caxias. O piloto e o copiloto, funcionários da empresa, foram liberados após a confirmação pela polícia de que não tinham envolvimento. Pinzetta esclarece que neste período a Hércules apresentou todos os documentos e esclarecimentos solicitados, além dos e-mails e mensagens trocadas com o contratante. A contratada comprovou que não possuía envolvimento com o fato e a aeronave acabou liberada, retornando para Curitiba.
— O caso causou prejuízo financeiro e, principalmente, para a imagem do Táxi Aéreo Hércules, pois matérias foram divulgadas, grupos de WhatsApp distorceram informações e espalharam informações inverídicas. Renovamos nosso compromisso com a verdade e prestamos todos os esclarecimentos para a Polícia Federal, que é a responsável pelas investigações — afirmou o gerente comercial.