Com a prisão de um oitavo suspeito de envolvimento na organização criminosa que vinha ameaçando policiais militares em Canela, a Polícia Civil deu sequência na manhã desta segunda-feira (21) na Operação Pulso Forte, que teve início no último sábado (19). O delegado Vladimir Medeiros, titular da Delegacia de Canela, destaca que as oito pessoas foram presas preventivamente. O número de quantos integrantes foram identificados e a quantidade de policiais que foram vítimas estão sob sigilo.
As ameaças estão sendo registradas desde a quarta-feira passada, dia 16, quando policiais da reserva e da ativa são abordados em vias públicas ou nas próprias casas pelos criminosos, que já são conhecidos da Brigada Militar (BM). Os integrantes da organização criminosa não ostentavam armas, mas ameaçavam os PMs verbalmente para que parassem de agir no combate ao tráfico de drogas no município da Região das Hortênsias.
— Todos os criminosos têm entre 20 e 30 anos, são de Canela, tem inúmeras passagens por crimes relacionados ao tráfico e a maioria estava com algum benefício do sistema penitenciário (liberdade provisória ou prisão domiciliar com uso tornozeleira eletrônica) — detalha Medeiros.
Além das oito pessoas presas, dinheiro, drogas e demais objetos que serão utilizados na investigação foram apreendidos nos dois dias de operação. O grupo está sendo enquadrado nos seguintes crimes: associação ao tráfico de drogas, ameaça, porte ilegal de arma de fogo, corrupção de menores e tráfico de drogas.
Medeiros afirma que não há um líder identificado que tenha ordenado as ameaças e, em princípio, a polícia acredita que o grupo agia de forma separada. Ele explica que é a primeira vez que policiais militares de Canela sofrem este tipo de intimidação, com ameaças pessoais e verbais.