Após julgamento nesta terça-feira (20) foi condenado a 15 anos, três meses e 20 dias de prisão, por homicídio triplamente qualificado, Ronaldo Lima da Silva, 32 anos, por espancar e matar André Roberto Girardi de Lima, 48 anos, em 2022.
A vítima foi agredida na madrugada de 20 de fevereiro do ano passado, na Rua Marechal Floriano, com socos, chutes e pisões na cabeça. Lima morreu no dia 7 de março, em um hospital de Caxias do Sul. Segundo a denúncia do Ministério Público (MP), o crime teria ocorrido por exibicionismo e porque o acusado queria mostrar aos amigos “como é que se mata uma pessoa”. O espancamento foi registrado por câmeras de vigilância.
Ronaldo estava preso desde o dia 28 de fevereiro de 2022 e respondeu por homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, emprego de meio cruel e mediante recurso que impossibilitou a defesa da vítima).
De acordo com o promotor de Justiça Damasio Sobiesiak, ele agiu com crueldade, agredindo com violência extrema uma pessoa incapaz de se defender. O defensor público Andrey Melo, que defendeu Ronaldo no julgamento, afirma que vai avaliar com calma o resultado, já que a defesa tem até 10 dias para interpor recurso.
Relembre o crime
O espancamento aconteceu por volta das 5h20min do dia 20 de fevereiro de 2022, mas a Brigada Militar (BM) só foi acionada durante a manhã daquele dia pelo Hospital Nossa Senhora da Oliveira. A instituição de saúde relatou que uma pessoa deu entrada em estado gravíssimo. O homem apresentava fratura no crânio e hemorragia.
Conforme os relatos de amigos do agressor, que foram confirmados por imagens de câmeras de vigilância, o suspeito teria dito que queria mostrar para eles como é que se mata uma pessoa e passou a desferir socos e chutes na vítima que vinha no sentido contrário e teria pedido um cigarro. O MP relata que a vítima estaria sob efeito de álcool e logo caiu no chão, onde o agressor continuou lhe chutando com agressividade.
Lima teve múltiplas lesões, fraturas e hemorragia no crânio. Ele chegou a ser transferido para Caxias do Sul, mas morreu no dia 7 de março.
À época do crime, a Polícia Civil informou que a vítima também era conhecida como Andrezão Pé Furado. Ele era catador de materiais recicláveis, do bairro São Francisco, mas ficou conhecido por viver circulando pelas ruas da cidade.